A Horda Orc: Orcs e Goblinóides

Saudações, heróis! Enquanto estamos finalizando o Réia: O Califado, vamos abordar este mês mais um tema comum a Eurone e que também pode se relacionar com o Califado: a relação entre orcs e goblinóides dentro da Horda Orc.

Há algum tempo me perguntaram como seria a relação dos orcs com os goblinóides – goblins, robgoblins e bugbear – e se eles fariam ou não parte da Horda Orc, ainda mais que o nome é Horda Orc e não Horda “alguma coisa” que não tenha uma referência racial tão evidente.

Primeiramente, um comentário aleatório. Uma das raças humanóides mais comuns dos mundos da fantasia, os gnolls, são bem raros no continente de Eurone. Eles são comuns no continente da Áfrisne, conforme vocês poderão conferir no Réia: O Califado. Dito isso, voltemos ao tema deste mês…

Sim, existem goblins, robgoblins e bugbear na Horda Orc. Assim como kobolds, ogros e outros humanóides mais obscuros, a critério de cada Mestre. As tribos dessas raças fazem parte da Horda por conveniência, por sobrevivência, por orarem para o mesmo deus – Arlok, o Destruidor, embora os orcs rejeitem o aspecto de deus dos goblinóides de sua divindade – ou simplesmente como mercenários, embora esta última opção seja menos comum.

Evidentemente os orcs não morrem de amores pelos goblinóides e demais raças, mas reconhecem que eles são aliados primordiais contra humanos, elfos e anões, e que podem realmente ser úteis. Eles os usam como tropas auxiliares ou para tarefas específicas. Embora realmente existam tarefas específicas que essas outras raças desempenham melhor do que os orcs, entendam como “tarefas específicas” o papel de “perdas aceitáveis”. Ou seja, se existisse canhões em Réia, essas tropas de outras raças seriam as “buchas de canhão” da Horda Orc. Contudo, os líderes da Horda procuram usá-los com sabedoria.

Goblins da Horda Orc são equipados e treinados a usar o arco ao invés da azagaia, tornando-se uma eficiente tropa de arqueiros, além de serem os cavaleiros de worgs. O medo que sentem dos líderes orcs da Horda os tornam combatentes razoavelmente fiéis, pois a Horda não perdoa covardia e traição, e eles sabem muito bem que existem coisas piores do que a morte…

Os poderosos e gananciosos bugbear que se unem à Horda o fazem pelos espólios e realizam apenas missões de reconhecimento e emboscadas, uma vez que são poucos e procuram sempre preservar os seus. Raramente eles entram em combate direto durante grandes batalhas, a não que lhes pareça vantajoso ou lhes seja oferecido uma régia recompensa. Quando a situação fica a adversa, são os primeiros a bater retirada.

Os ariscos kobolds são raros e os próprios orcs tendem a rejeitá-los, exceto se houver algum feiticeiro entre eles, o que é bem comum. Assim, os kobolds da Horda são uma parte significativa dos recursos arcanos, especialmente como parte da “artilharia” mágica. Os demais têm a missão de proteger os seus feiticeiros. Ao contrário do que se pensa, os pequenos kobolds não são covardes e costumam ganhar prestígio entre os orcs quando provam isso, embora poucos consigam sobreviver para usufruir de tal glória.

Espadachins hábeis e soldados disciplinados, os orgulhosos robgoblins são mercenários valiosos e caros que são enviados em missões que exijam certa disciplina tática. Seu desprezo pelas demais raças (inclusive os orcs), as quais consideram inferiores, os tornam incapazes de aglutiná-las em torno de suas tribos e assim formar algo como uma “Horda Robgoblin”. Assim, eles acabam tendo que a contragosto se unir à Horda Orc, onde desempenham a função de tropa mercenária de elite.

Já os ogros se unem à Horda porque lá costumam ter mais prestígio do que entre gigantes e outros monstros malignos com quem costumam se aliar. Eles uma pequena, mas ameaçadora tropa de choque, cuja missão primordial é quebrar as linhas inimigas.

Então, como podem ver, esqueçam a visão de horda sanguinária e desordenada: a Horda Orc é uma força de ataque organizada e poderosa, uma ameaça constante a todos os reinos de Eurone e além.

Réia é um cenário de fantasia medieval épica
criado por Marcelo Telles para o sistema D20
e lançado pela Editora Caladwin
(http://www.caladwin.com/caladwin/reia.mv)
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