Reia: As mudanças no cenário na 4ª Edição de D&D

Saudações, heróis! Como todos devem ter lido na coluna passada, Reia está migrando para a Quarta Edição de D&D. Para alguns isso seria um “sinal do Apocalipse”, enquanto para outros seria algo impossível, por acharem o D&D 4ª Edição mais poderoso que a versão anterior. Mas muitos sequer pensaram no que torna Reia especial dentre todos os mundos de RPG nacional. Ele é o mundo em que a magia tem o menor peso e de longe é o único em que os deuses sequer olham para baixo e ficam intervindo. Algo que os livros básicos do D&D 4ª explicitam bem. A fonte de poder não é algo externo, mas sim interno, mesmo os pactos são internos, uma vez que você aprende a controlar a magia existente em você através de uma fonte externa.

Segue abaixo o que muda em Eurone. Em futuros artigos, voltaremos às cartas da equipe de exploração e com elas virão os detalhes de cada uma das mudanças, inclusive sobre as raças não existentes previamente em Reia e a Marcha das Eras.

O mundo de Reia sofreu algumas mudanças significativas nos últimos tempos. Cinco anos se passaram e a paz conquistada pelo Imperador Carlomano nunca esteve tão ameaçada em Eurone. As pressões estão vindo de todos os lados e, a cada dia, Eurone parece que pode desmoronar devido aos perigos antigos e novos que ameaçam o continente.

Em um curto espaço de tempo o Império perdeu as suas principais cidades na península Tifônica para o que parece ser o maior e melhor coordenado ataque de dragões realizado em toda a história do mundo. Tal ameaça é chamada de a Marcha das Eras e até o momento o Imperador Carlomano perdeu homens o suficiente para ele começar uma série de negociações com o Sumo Pontífice para que o mesmo libere os paladinos mais jovens e os prepare para uma guerra aberta. O objetivo até o momento é manter a fronteira no antigo marco, o rio Rubicanis, que estabelecia os limites das terras dracônicas e das outras espécies.

Porém, tal pedido tem consequências que podem enfraquecer a aliança entre o Sacro Império Minosiano e o Império Helênico. Há cinco anos o Sumo Pontífice redigiu uma súmula que conclamava a conversão dos infiéis que não reconheciam o sacrifício de Sóter como o ato redentor de sua alma e muito menos a autoridade da Igreja Minosiana como a verdadeira guia. Com isto, o Sumo Pontífice começou a sua própria cruzada de evangelização dos infiéis. Ele mandou sacerdotes de todas as ordens para o interior, muitos deles converteram os seguidores da Religião Antiga que viviam nos bosques, outros ousaram entrar nas florestas élficas e foram devolvidos vivos, mas com diversas partes de sua memória faltando e um medo irracional de carvalhos e outras árvores frondosas e de galhos grossos. E por fim, centenas rumaram em direção ao Império Helênico e passaram a converter os campesinos deste império. Tal ato inflamou a fúria dos sacerdotes locais, principalmente os seguidores de Arles, que há muito estavam clamando que o Império Helênico precisava de uma guerra para fortalecer o povo e forjar as almas de verdadeiros guerreiros.

Com a situação cada vez pior devido à maior realização mágica dos dragões, a criação dos terríveis e cruéis draconatos – uma espécie criada a partir de seres humanos, e que em sua grande maioria segue cegamente as ordens dadas pelos dragões – e o perigo da guerra civil que está ocorrendo no Império Farsi ultrapassar as fronteiras deste decadente domínio, eterno inimigo do Império Helênico, a atenção dos sacerdotes e paladinos de Arles e dos outros deuses do Panteão Minosiao acabou reorientanda para essas ameaças, ao invés de começar uma guerra contra os sacerdotes soterianos.

Para a sorte de Carlomano, no norte, mais exatamente de Hiperbória, veio um apoio inestimável. As três casas reais da Ilha Império resolveram abandonar as esperanças de reconquistar o seu mundo e começaram uma grande migração, trazendo assim sua corte. Tal migração foi um grande impacto para os bruxos que seguiam o pacto feérico, pois uma vez que as fadas que eles fizeram o pacto nada mais eram as três regentes que governam os aspectos arcanos de Hiperbória. Atualmente tais regentes, chamadas de Princesas Regia-Magus, são os seres mais próximos de semideuses vivendo em Eurone e são elas que forjam os pactos entre os mortais e as fadasm além de muitas vezes assumirem papéis mais mundanos como interlocutoras e juízas de seu povo. Suas mães, as rainhas eladrin de Hiperboria, são as sumo sacerdotisas de suas deusas, com uma única exceção: Mohrgan, a deusa da vingança, mãe de todos os confrontos e campeã das terras entre os mundos inferiores e o mundo superior. Tal diferença vem exatamente dos seguidores desta deusa, eles não são eladrins comuns, mas sim um grupo muito peculiar chamados de Dokkarin. Eles são diferentes de seus “irmãos” por alguns detalhes: eles não são mais ligados a Agrestia das Fadas, mas sim ao Pendor das Sombras, onde vivem entre sua cidade-fortaleza chamada de “Última Esperança” e a Floresta Negra entre os Titãs e a Germania, onde eles mantêm um poderoso dragão preso e eles estão fazendo diversas experiências com ele. Muitos eladrin e principalmente os elfos que habitam Eurone temem esses eladrin silenciosos e de pele acinzentada. Muitos os consideram verdadeiros assassinos, outros os consideram corrompidos pelas energias do Pendor das Sombras, mas poucos podem alegar que eles são traiçoeiros ou que não cumprem a sua palavra.

No outro lado do mar, mais exatamente no Califado Abárrida, o Califa está enfrentando diversos pequenos problemas, tidos como irrelevantes, pequenos levantes aqui e acolá e o surgimento de uma parte mais radical do seu clero. Os grandes problemas que assombram a mente do Califa quando ele vai dormir são a guerra civil que está ocorrendo no Império Farsi e a pressão que ele está sofrendo dentro de seu próprio palácio, já que Nassib Al-Nassir, um dos maiores sacerdotes do Altíssimo e irmão da primeira esposa do Califa, Zerazade, foi morto quando ele estava pregando na capital do Império Farsi nas mãos de um feiticeiro, que para suprimir os protestos contra ele e os impostos que ele cobrava, soltou uma bola de fogo negro na multidão matando a todos. Além de sua esposa, o povo está clamando por vingança, já que Nassib e Zerazade são descendentes da família de Khadija, a primeira esposa do profeta Omar. Alem disso, o comércio entre o Sacro Império e o Califado está praticamente parado já que as principais rotas marítimas e terrestres entre os principais impérios do mundo estão interrompidas por causa da Marcha das Eras.

Por Gervasio Filho e Rafael “Eavatar” Meyer
Réia é um cenário de fantasia medieval épica
criado por Marcelo Telles para o sistema D20
e lançado pela Editora Caladwin
(http://www.caladwin.com/caladwin/reia.mv)
Não percam, no primeiro domingo de cada mês, a coluna mensal de Reia
e participem no nosso fórum do tópico dedicado a Réia
https://www.rederpg.com.br/wp/forum/reia/
e da comunidade oficial do cenário no Orkut
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