Bill Slavicsek sai da Wizards!

Não, não é pegadinha. Bill Slavicsek, o chefão do Dungeons & Dragons da Wizards of the Coast, anunciou ontem em sua coluna Ampersand a sua saída da empresa. Confiram a seguir a tradução na íntegra da sua carta de despedida, feita por Eduardo Carvalho.


 

Ampersand: Até nos encontrarmos novamente

Por Bill Slavicsek

Nenhuma prévia de produtos a serem lançados esse mês. Nenhum segredo de Desenvolvimento e Pesquisa para revelar. Realmente não. Ao invés disso, eu gostaria de informá-los que estou deixando a Wizards of the Coast. Chegou a hora da minha próxima aventura.

É difícil acreditar que eu entrei pela primeira vez nos salões sagrados da TSR, inc. no longínquo ano de 1993. Eu era então o garoto novo na vizinhança (*), ainda que eu já tivesse sete anos de trabalho profissional e um punhado de prêmios da indústria na minha conta no momento. Alguns dos grandes ainda estavam no staff, pessoas cujo trabalho eu admirei e joguei nos meus anos de formação, incluindo Zeb Cook, Jeff Grubb, e Jim Ward. Meus primeiros projetos foram alocados nos mundos de Dungeons & Dragons de Darksun, Ravenloft, e Planescape, e eu não poderia estar mais feliz. Era um sonho de jogador (e designer de jogos) se tornando realidade. Com o passar do tempo, eu recebi a atribuição de designer líder para a Alternity Science Fiction Roleplaying Game, trabalhando com co-designer Rich Baker e editor último Kim Mohan. Foi um tempo maravilhoso.

Em 1997, Wizards of the Coast adquiriu TSR e mudou-me com parte do staff para Seattle. Entretanto, rapidamente, eu fui promovido a Diretor de Desenvolvimento e Pesquisa para Dungeons & Dragons. Eu tive o prazer de trabalhar próximo de um talentoso grupo de pessoas criativas ao longo dos anos, e realizamos proezas tais como lançar ambas 3ª e 4ª edições do D&D RPG, criar d20 Modern e d20 Star Wars, lançar miniaturas plásticas pintadas para D&D, criar novos mundos como Eberron e o Mundo Padrão (Core World) de D&D, e mais recentemente lançando uma nova categoria de jogos de tabuleiro de D&D, que começaram com Castle Ravenloft. Eu mal posso esperar para ver o que eles farão a seguir! Eu sei que, seja lá o que for, será formidável e eu estarei jogando.

Meu tempo como profissional de D&D pode estar chegando ao fim, mas o jogo e seus mundos estarão sempre próximos e serão queridos em meu coração. Eu sou um jogador, em primeiro lugar, e é ao jogo que eu volto sempre para inspiração e diversão. Então, até nossos caminhos se cruzarem novamente, faça o que eu ainda estou fazendo e…

Continue jogando!

– Bill

 

(*) Nota do tradutor: Brincadeira feita pelo autor com o nome do grupo New Kids on The Block

Tradução por Eduardo Carvalho
Equipe REDERPG

Link para o texto original:
http://www.wizards.com/DnD/Article.aspx?x=dnd/dragon/20110623ampersand

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“O artigo acima é uma tradução com o intuito de divulgação do D&D® 4ª Edição do material disponibilizado gratuitamente no site da Wizards of the Coast , e que é propriedade da Wizard of the Coast LLC e de sua representante oficial no Brasil, a Devir Livraria . Ele foi postado aqui sob a Wizards’ Fan Site Policy . Qualquer discrepância entre os termos aqui usados e os dos livros de D&D® 4ª Edição já lançados ou futuramente lançados em português, prevalecem sempre os termos oficiais estabelecidos pela Devir Livraria .”

Wizards of the Coast , Dungeons & Dragons® and their logos are trademarks of Wizards of the Coast LLC in the United States and other countries. © 2009 Wizards. All Rights Reserved.”

” REDE RPG is not affiliated with, endorsed, sponsored, or specifically approved by Wizards of the Coast LLC. REDE RPG may use the trademarks and other intellectual property of Wizards of the Coast LLC, which is permitted under Wizards’ Fan Site Policy . For example, DUNGEONS & DRAGONS®, D&D®, PLAYER’S HANDBOOK 2®, and DUNGEON MASTER’S GUIDE® are trademark [s] of Wizards of the Coast and D&D® core rules, game mechanics, characters and their distinctive likenesses are the property of the Wizards of the Coast . For more information about Wizards of the Coast or any of Wizards’ trademarks or other intellectual property, please visit their website at (www.wizards.com).”

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6 Comments
  1. A minha dúvida maior é quem vai ficar no lugar?

  2. James Wyatt, eu aposto. é um dos homens por trás do d&d 4ª ed. Mas isso não é o caso.
    Algo realmente está muito errado na Wizards, e não duvido ele ir para a Paizo

  3. Apaguei o outro e estou postando novamente porque estava logado como REDERPG. Respondendo (ou perguntando) novamente:

    Mike Mearls? James Wyat? ;-)

  4. Opa, não é só eu que concorda que algo está muito errado com a Wizards, ou melhor, com o D&D na Wizards. A editora chegou a ter vários RPGs (D20 Modern, D&D, Star Wars e The Wheel of Time RPG), e foi cancelando elas aos poucos, até com o lançamento da 4ª edição do D&D ficar apenas com esse, e não renovando a licença de seu melhor RPG (na minha opinião): o Star Wars Saga.

    Com o D&D 4ª Edição vieram as contínuas “atualizações nas regras” e erratas, a linha Essentials (“D&D 4.5”?), o cancelamento da linha de miniaturas de D&D, a mudança no Character Builder (um grande atrativo e chamariz para jogadores jogarem a 4ª edição) e pouca coisa nova. E a Paizo se dando muito bem com o Pathfinder. Não que a Wizards não esteja com boas vendas no D&D, só acho que a empresa “se perdeu” na 4ª edição, e tb no RPG. Uma empresa que trouxe a Era D20, e bos jogos (D20 Modern, Star Wars Saga, o próprio D&D 3.5 e as linhas de miniaturas colecionáveis) parece estar não sabendo que rumos seguir, apesar de ter lançados ótimos jogos de tabuleiros. Mas jogos de tabuleiro não são RPGs. Ajudam a trazer mais gente ao hobbie (principalmente esses boardgames cooperativos ao estilo “Hero Quest”), mas não são RPGs. A empresa se dá muito bem com Magic, mas acho que deveria deixar a licença do D&D pra outra editora. Pra mim a Wizards já fez o trabalho dela com o RPG, fez muito bem aliás, mesmo depois das últimas trapalhadas (me perdoem os defensores da 4ª edição, mas o sistema de Poderes, pulsos de cura, “marcos” e outras coisas não consigo engolir num RPG de D&D!). Mas pra mim já deu. Sou um atual jogador de Pathfinder e tb do Tormenta RPG (uso apenas as regras não o cenário), aliás acho que as regras desses dois se completam, algumas classes ficaram melhores no Tormenta (Bardo, Paladino e Ranger por exemplo), outras no Pathfinder (Guerreiro, Feiticeiro, Clérigo, Mago, Druida, Bárbaro), algumas regras melhor num do que outro, mas isso é outro assunto. Apenas quero destacar que a Wizards podia ter evoluído as regras como a Paizo e a Jambô fizeram com suas versões “3.75” do D&D e não transformar o jogo num videogame de mesa.

    Acho que essa “crise” se reflete tb aqui no Brasil. A Devir tem atrasado e MUITO os lançamentos do D&D 4ª edição aqui. Só lançou duas aventuras (e parece que não lançará as outras, assim como os manuais dos Monstros 2 e 3), este ano só saíram os livros de Forgotten Realms, e o Livro do Jogador 3 pode nem sair em detrimento da linha Essentials (se essa de fato for lançada).

  5. Pra mim, o mais triste é que as burradas foram cometidas na edição que mais gostei do Dungeons & Dragons. D&D 4 merecia um suporte decente como a linha 3.5 recebeu.

    Muito tenso o Bill estar indo embora – me pareceu que ele não apoiava tanto o “movimento” Essentials da maneira como ele foi executado. E querendo ou não, o cara pelo o menos sempre foi mto bacana no tratamento dele com o público.

    Torço para quem quer que ocupe o lugar dele consiga dar a volta por cima e fazer o D&D 4 voltar aos “trilhos”. :)

  6. No último trecho da carta dele, quando ele diz “Eu sou um jogador, em primeiro lugar, e é ao jogo que eu volto sempre para inspiração e diversão. Então, até nossos caminhos se cruzarem novamente […]”, me passa a nítida impressão de que ele não está mais sentindo prazer em trabalhar lá na WotC, que os jogos da empresa não estão mais tão divertidos assim.

    Não sei se os outros aqui também entenderam dessa forma, mas, é triste alguém na posição dele sair por esse motivo da empresa. Realmente da a entender que ele não está satisfeito com o andar da carruagem. uma empresa grande que não consegue agradar seus principais funcionários, realmente está com sérios problemas com seu planejamento de projetos.

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