A Voz do Imperador – A história de Rokugan

Iweko I

Como eu já tinha falado no primeiro artigo da coluna, um dos objetivos dos torneios do jogo de cartas de Legend of the Five Rings é permitir que os jogadores tenham o poder de influenciar a história do jogo. No mês de agosto, durante a Gen Con em Indiana – EUA, vários torneios permitiram aos jogadores influenciar a história do império, geralmente apoiando o seu clã favorito em certos acontecimentos.

Mas antes de tratar disso, acho importante contextualizar a história do Império Esmeralda e falar sobre as transformações que aconteceram durante as várias edições do jogo. Falaremos superficialmente sobre cada período devido a enorme mitologia de L5R, mas a proposta é dar uma ideia da sua dimensão e complexidade. Assim, partiremos do princípio.

A MITOLOGIA DA PRIMEIRA EDIÇÃO

No princípio, o jogo de cartas de Legend of the Five Rings assumia que cada jogador representava o campeão de um dos sete clãs de Rokugan que comandava seu exército em busca de se tornar o imperador do Império Esmeralda. Com o lançamento do Livro Básico da primeira edição do jogo de RPG, descobrimos um pouco mais sobre a mitologia de Rokugan e entendemos as diferenças e motivações de cada um dos clãs.

Amaterasu e Onnotangu

Amaterasu e Onnotangu

A história do Império Esmeralda se inicia com a Queda dos Kami, seres celestiais que caíram dos céus e decidiram guiar os mortais na construção de uma sociedade baseada nos costumes do reino dos Céus, sendo considerado o marco zero do calendário rokugani.

No entanto, o mundo se iniciou muito tempo antes, surgindo a partir de três sentimentos do Nada. Isso deu origem ao Céu e a Terra. Nos Céus surgiram os nove Kami, a partir do casamento entre Lorde Lua, Onnotangu, e Lady Sol, Amaterasu. Na Terra, surgiram civilizações de criaturas mortais, mais notadamente as nagas.

Nos Céus, Lorde Lua ficou com medo do poder de seus filhos e devorou todos, exceto Hantei, que posteriormente salvou seus irmãos cortando a barriga do pai, mas fazendo com que todos caíssem na Terra. No processo, o sangue de Lorde Lua e as lágrimas de Lady Sol se uniram e caíram sobre a terra, dando origem aos seres humanos.

Caíram na terra apenas oito kami, que disputaram entre si o direito de governar a Terra. Hantei saiu como vencedor do torneio e se tornou imperador, com os outros sete irmãos formando um clã cada para servi-lo: Caranguejo, Dragão, Escorpião, Fênix, Garça, Leão e Unicórnio. E assim o império começou a se formar, mas não teve muito tempo para se organizar.

Poucos anos após a coroação de Hantei, uma horda de criaturas demoníacas marcharam contra o império sob o comando de Fu Leng, o Kami perdido. Sua queda abriu uma cratera até o reino dos demônios, o que possibilitou acesso dessas criaturas ao mundo. Após dominar a magia negra, ele passou a comandar as forças demoníacas para conquistar o império. E durante muito tempo as forças de Hantei e Fu Leng combateram.

Até que um dia, um homem chamado Shinsei, apareceu e convenceu o imperador de que podia deter Fu Leng e solicitou que sete mortais o acompanhasse, pois as Fortunas favoreciam os mortais. E assim ele partiu, acompanhado por um homem de cada clã, que foram chamados pelo Imperador de samurai, cujo significado é servo.

Após um tempo, o exército de Fu Leng parecia que ganharia a guerra, mas repentinamente perdeu suas forças e debandou para as Terras das Sombras. O samurai do clã Escorpião foi o único que voltou, trazendo com ele doze pergaminhos negros que selavam o poder de Fu Leng. O Escorpião recebeu a missão de guardar os pergaminhos, o Caranguejo de construir uma muralha para dividir o império das Terras das Sombras e protegê-la, a Garça se tornou o campeão do imperador, o Leão o comandante dos exércitos imperiais, o Dragão e o Fênix seguiram o caminho da contemplação ensinado por Shinsei e o Unicórnio partiu de Rokugan.

Após isso, seguiram-se os Mil Anos de Paz, período que o império se consolidou e cada um dos clãs se dedicou a expandir e cumprir a missão que o imperador delegou a cada um deles.

Suplementos que Expandiram a Mitologia

Logo após o livro básico, foi lançado um jogo de miniaturas chamado Clan Wars. Esse jogo detalhava o período histórico que encerrou os Mil Anos de Paz, vamos falar mais sobre esse período a seguir.

Outro lançamento foi os suplementos da série The Way Of, que detalhou cada um dos clãs e nos permitiu começar a compreender que a história apresentada no livro básico era muito mais complexa do que se imaginava. Inclusive, notamos que a história começou a se contradizer em diversos momentos. Os próprios autores reconheceram essas incongruências e justificaram que a mitologia focava o ponto de vista do império e realmente poderiam haver discrepâncias, como o fato do livro citar que Doji foi nomeada como campeã do Imperador, mas depois descobrimos que ela era uma cortesã focada em política e seu marido Kakita, que era um grande espadachim, foi quem se tornou o primeiro campeão esmeralda.

Descobrimos que cada Kami selecionou mortais com talentos que os agradava para fundar famílias de seus clãs, e cada história dessas famílias são complexas e revelam as diversas facetas dos clãs. A cada livro lançado dessa série, mais a história do período conhecido como Mil Anos de Paz era detalhado, inclusive algumas coisas sobre o período antes da queda dos Kami.

Essa série também revelou as raças pré-humanas Naga (homem-serpente) e Nezumi (homem-rato), ronin (que também já existia no livro básico, mas aqui são mais detalhados) e monges. Um suplemento chamado Tomb of Iuchiban contou a história de um feiticeiro da época dos Mil Anos de Paz que aprendeu a usar a magia de sangue e controlava o corpo dos mortos os transformando em zumbis e fundou a seita dos Oradores de Sangue.

UMA NOVA EDIÇÃO, O MESMO CONFLITO

Com o lançamento da Segunda Edição, a mitologia criada foi unida e algumas incongruências foram corrigidas, como o fato do unicórnio ser uma criatura dos mitos ocidentais. Assim, o clã original era chamado de Ki Rin, uma criatura mítica oriental semelhante ao unicórnio, mudando seu nome apenas depois que o clã retornou para o império.

O Livro do Jogador trazia basicamente a mesma história da primeira edição, mas o Livro do Mestre consolidou as histórias dos suplementos e organizou em uma linha do tempo dividida por séculos. Inclusive, trouxe um vislumbre sobre a era em que o império das nagas dominava o reino da Terra.

O período da Segunda Edição compreendeu três arcos de histórias, desde a Guerra dos Clãs, passando pela Guerra Contra a Escuridão e a Guerra dos Espíritos. Vamos tratar das três a seguir.

A Guerra dos Clãs

Esse é um dos períodos mais icônicos de L5R e o favorito de muitos jogadores. Esse era o período detalhado nos primórdios do jogo de cartas, pois foi o período que Rokugan ficou sem imperador durante um período. Esse período foi detalhado numa série de sete romances, um dedicado a cada clã, e que contou as histórias dos personagens principais dessa época histórica do império.

O Segundo Dia do Trovão

O Segundo Dia do Trovão

O início oficial desse período foi em 1126, no entanto descobrimos que em 1123, o clã Escorpião tentou um golpe de estado assassinando o então imperador para tomar o trono, o que iniciou uma série de eventos que culminou na Guerra dos Clãs três anos depois. Após o golpe, o império ficou um período curto sem imperador, pois não se sabia que o herdeiro do imperador havia sobrevivido ao golpe, e Akodo Toturi, Campeão do Clã Leão, assume o título de imperador.

Quando o herdeiro retorna a capital e reclama o trono, ele extingue a família Akodo fazendo todos samurais dessa família se tornarem ronins, inclusive Toturi. Ele também bane o clã Escorpião do Império. Como vingança, Yogo Junzo abre o pergaminho negro em seu poder para dar inicio ao retorno de Fu Leng.

O suplemento Time of Void detalhou o ano de 1128, que viu Fu Leng possuir e dominar o corpo de Hantei XXXIX e ameaçar o império novamente. Para combater a ameaça, um ronin encapuzado surgiu revelando ser descendente de Shinsei, ele reúne sete samurais destinados a confrontar Fu Leng.

Ficamos sabendo que o dia do confronto com Fu Leng chama Dia do Trovão. E nesse segundo Dia do Trovão, o Kami Togashi se revela como sendo o guardião do último pergaminho negro. O Trovão do clã Dragão o mata e abre o último pergaminho negro, o que torna Fu Leng muito poderoso, mas também mortal. Depois de um combate épico, Fu Leng é destruído e banido do mundo mortal.

A morte de Fu Leng também significa o fim da dinastia Hantei, e assim Toturi assume o trono novamente e da inicio a uma nova era de Rokugan. Pela ajuda prestada durante o Dia do Trovão, o clã Louva-a-Deus é elevado ao status de grande clã. Posteriormente, o Clã Escorpião é perdoado, pois Toturi I reconheceu que o intuito do clã era impedir o retorno de Fu Leng.

A Guerra Contra a Escuridão

Nesta edição, o Livro do Mestre fala sobre a Escuridão e os efeitos que ela causa nos samurais possuídos, lentamente os transformando em seus escravos, mas nada se fala sobre o que é essa entidade.

O Portão do Limbo

O Portão do Limbo

Alguns suplementos mais tarde, descobrimos que a Escuridão Traiçoeira era uma entidade do princípio dos tempos e que foi descoberta e encobertada por Lorde Lua. Com a criação da Terra, ela se esgueirou pelas sombras do mundo até encontrar o primeiro Trovão do clã Escorpião, Shosuro. Ela ajudou Shosuro a sobreviver a Terra das Sombras e levar os doze pergaminhos negros até o imperador.

Para poder estudar essa estranha manifestação sem atrair a atenção indevida dos outros clãs, Shosuro forjou sua morte e assumiu a identidade de Soshi, um shugenja do clã Escorpião. A família Soshi estudou a Escuridão, tanto seus poderes como efeitos. Até que um dia Shosuro percebeu que seria totalmente controlada pela Escuridão e fugiu para pedir o auxilio de Togashi, o Kami do clã Dragão. Togashi a encarcerou em uma prisão de cristal para que a Escuridão não escapasse.

No entanto, a Escuridão Enganosa já tinha seus agentes se movimentando e após a Guerra dos Clãs, seus movimentos se intensificaram. O principal deles foi raptar o imperador Toturi e deixar o império no caos. Dois anos mais tarde, o imperador é encontrado e devolvido ao seu cargo, mas a corrupção da Escuridão o impede de devolver a ordem ao Império.

Para piorar a situação, o Trovão do clã Dragão, Hitomi, que também se encontrava influenciada pela Escuridão por portar a Mão de Obsidiana, um artefato poderoso feito da mão decepada de Lorde Lua, liberta Shosuro inadvertidamente, deixando a Escuridão Traiçoeira livre. No entanto, ela se liberta de sua influência da Mão de Obsidiana, e consegue perceber a influência exercida pela Escuridão Traiçoeira sobre Lorde Lua, inclusive no episódio em que ele tentou engolir os filhos. Ela desafia Onnotangu para um deulo e o mata, se tornando a Lady Lua.

Amaterasu, a Lady Sol, ao ver seu marido morto foge dos Céus e deixa Rokugan em período de escuridão total, o que fortalece as forças da Escuridão Traiçoeira. Depois de 27 dias, o Trovão do Clã Caranguejo, Hida Yakamo, a encontra e a auxilia em seu jigal (o sepukku das mulheres), ascendendo aos Céus com Lorde Sol, devolvendo a luz para o mundo.

Como se não bastasse todas as mudanças feitas na mitologia, descobrimos ainda a existência de um décimo Kami, chamado Ryoshun, que foi o primeiro a ser devorado por Onnotangu e morreu em sua barriga, se tornando o guardião do portão que leva ao Reino dos Espíritos.

A guerra culmina na Batalha no Portão do Limbo. Em um breve momento de lucidez, o imperador comete sepukku para não sucumbir totalmente à influência da Escuridão Traiçoeira e seu espírito vai para o Reino dos Espíritos. Lá ele reúne um exército para combater a influência da Escuridão Traiçoeira naquele mundo. Eles acabam encontrando o Portão do Limbo e o atravessa, encontrando os exércitos dos vivos combatendo os agentes da Escuridão Traiçoeira, que tenta desfazer toda a criação. Após uma batalha dura, a Escuridão Traiçoeira é enfraquecida e Lady Moon faz o que Onnotangu não fez, lhe dá um nome.

Ao receber o nome de Akodo, a Escuridão Traiçoeira tem sua maior força destruída (o fato de não ter nome permitia que ela agisse de maneira incógnita), e também liberta os samurais sob sua influência e restitui a família Akodo.

O suplemento The Hidden Emperor apresenta uma campanha baseada nesse período histórico. Esse livro foi lançado considerando as regras tanto para a 2ª edição quando para o D20 System.

A Guerra dos Espíritos

Hantei XVI

Hantei XVI

Com o término da Batalha Contra a Sombra, os diversos espíritos que entraram no mundo dos vivos junto com Toturi I passaram a habitar o império. No entanto, um desses espíritos não ficou satisfeito em saber do término da dinastia Hantei. Esse alguém era Hantei XVI, o Crisântemo de Aço, um imperador com uma história um tanto quanto conturbada.

Hantei XVI foi conhecido como um dos imperadores mais sangrentos da história, sendo suspeito de matar seu irmão mais velho para ser o herdeiro do trono. Além disso, era paranoico, vendo traidores em todos os cantos e assim, ordenando a morte de milhares de pessoas. Seu último crime foi ordenar a morte da própria mãe, que tentou envenená-lo para parar com suas loucuras. Hantei XVI foi casado, mas sua esposa se suicidou por não suportar a convivência com o marido.

Contando com a ajuda de um fiel guardião, Hida Tsuneo, o Crisântemo de Aço reuniu os espíritos descontentes com a dinastia Toturi em um exército para derrubar o imperador e restituir a dinastia Hantei. Sua causa também ganhou a simpatia de diversos samurais que desejavam o retorno da antiga tradição, isso permitiu que Hantei XVI assumisse o controle de diversos territórios dividindo o império.

Os rokugani possuem um forte sentido de hereditariedade, e lutar contra antepassados e descendentes era algo que não os deixava confortáveis, e assim a guerra perdeu força e se tornou algo insustentável. Depois de dez anos de conflitos, Hantei aceitou se retirar para uma prisão domiciliar, mas exigia em troca a guarda do filho mais novo de Toturi, que passou a se chamar Hantei Naseru. O Crisântemo de Aço passou a criar o garoto de forma cruel, na esperança que o garoto revidasse e quebrasse o tratado de seu pai, permitindo que ele restabelecesse a Guerra dos Espíritos, mas acabou sendo morto pela noiva de Naseru.

Não há um suplemento para campanhas focadas nesse período histórico, pois ele funciona mais como uma introdução a guerra dos Quatro Ventos. O romance The Steel Throne conta a história da Guerra Contra a Sombra e a Guerra dos Espíritos sob a perspectiva de Toturi I e também serve como introdução aos outros quatro romances da saga Os Quatro Ventos.

O FIM DE UMA ERA

A terceira edição trouxe uma grande transformação para o jogo de RPG, restaurando o sistema original e adicionando inovações, focando em menos suplementos mais de qualidade superior. No que diz respeito a história do jogo, a terceira edição está localizada no período histórico conhecido como Quatro Ventos.
O imperador Toturi encontrava-se no auge do seu governo após a Guerra dos Espíritos, quando foi morto por um Lorde Oni enquanto viajava para as terras do Escorpião. Sua morte foi tão súbita que ele nem havia indicado o seu sucessor.

Os Quatro Ventos contra Daigotsu

Os Quatro Ventos contra Daigotsu

Toturi tinha três filhos com a imperatriz Kaede, Toturi Tsudao (sua primogênita), Toturi Sezaru (o filho homem mais velho), Hantei Nazeru (criado por Hantei XVI). No entanto, foi revelado que Toturi possuía um filho bastardo de um relacionamento com uma geisha antes de assumir o trono. Apesar de Toturi não ter tempo de reconhecer Akodo Kaneka como seu filho legítimo, pois nunca o conheceu, sua não indicação de um sucessor fortaleceu a pretensão de Kaneka.

A imperatriz Kaede assumiu o trono para aliviar as tensões no império, mas seu governo durou pouco e ela desapareceu pouco tempo depois, deixando o império sem um líder e permitindo que os quatro filhos dividissem a fidelidade dos daimyo do império, criando um feudo entre os irmãos pela sucessão ao trono imperial.

No meio de tudo isso, os Caranguejos descobriram que as Terras das Sombras tinham um novo senhor, Daigotsu, e estava no comandando dos Perdidos, os samurais corrompidos pela mácula. Enquanto a guerra entre os irmãos avançava, Daigotsu lançou um ataque a Otosan Uchi, a capital do império, tomando a cidade. O plano do senhor das Terras das Sombras era usar o local onde Fu Leng para libertá-lo da fortuna da morte e permitir que o Deus Sombrio assolasse o reino Celestial. Tsudao e Kaneka tiveram que se unir e queimar toda a cidade para não permitir que ela se transformasse em um antro de perversão.

Enquanto Fu Leng atacava o reino dos Céus, Daigotsu devastava o reino mortal, trazendo cada vez mais samurais para sua causa. Foi então que Kaede retornou e fez com que os quatro irmãos se unissem para derrotar Daigotsu. Os Quatro Ventos cavalgaram para as Terras das Sombras e confrontaram o seu senhor em seu próprio território. Apesar de Tsudao ter perecido, Daigotsu foi derrotado eliminando a ameaça dos Perdidos e de Fu Leng.

Nazeru foi coroado, e determinou que seria conhecido como Toturi III, nomeando sua irmã Tsudao como Toturi II. Sezaru se aliou ao Clã Fênix se tornando Isawa Sezaru. Kaneka recebeu o título de Xógum, mas foi pressionado a jurar fidelidade aos pacíficos Fênix.

Daigotsu, que previu sua morte e tomou medidas preventivas, ressuscitou e reassumiu o controle dos Perdidos, mas logo foi confrontado com a ameaça de Iuchiban, aquele mesmo feiticeiro da aventura da primeira edição. Os dois passaram a disputar o controle das Terras das Sombras, mas no fim, Daigostu prevaleceu.

No meio da turbulência criada pelo conflito entre Perdidos e Oradores do Sangue surge o descendente de Shinsei, Rosoku, que declara que o império precisa buscar a iluminação para conseguir enfrentar os desafios dessa era. Rosoku acaba por ser assassinado por um Orador do Sangue, mas Naseru resolve inicar uma busca pela iluminação e acaba por entrar nas Terras das Sombras, chegando até a Tumba dos Sete Trovões.

Naseru se sacrifica para que os artefatos dos Sete Trovões originais pudessem ser levados de volta para Rokugan e, com isso, recuperar um pouco da sabedoria do império. Toturi III morre sem deixar um herdeiro e com isso a dinastia Toturi chega ao fim.

Toda a saga dos Quatro Ventos e mais o retorno de Daigotsu e Iuchiban é descrito no livro de campanha The Four Winds: The Toruri Dinasty from Gold to Lotus.

O INÍCIO DE OUTRA

Iweko I

Iweko I

Com o advento da 4ª Edição, descobrimos que o Reino dos Céus se cansa das interferências humanas em seus assuntos e reassume o comando. A primeira ação foi destituir Hitomi e Yakamo como Lorde Lua e Lorde Sol respectivamente, tendo o Dragão de Obsidiana e o Dragão de Jade assumindo seus lugares.

A segunda ação foi exigir que um novo torneio celestial ocorresse no mesmo local onde Hantei venceu o primeiro torneio, o vencedor seria coroado como novo imperador. Cada clã teve direito a enviar um representante, sendo que Kitsuki Iweko do clã Dragão saiu como vencedora e assumiu o trono como Iweko I.

Daigotsu, seguindo com seus planos, solicitou que os samurais que habitavam as Terras das Sombras fossem reconhecidos como o Grande Clã Aranha. Uma das primeiras medidas de Iweko foi deferir esse pedido, colocando apenas uma condição, os samurais desse clã deveriam estar livres da mácula das Terras das Sombras para habitar Rokugan.

Atualmente o império encontra-se em um período de expansão e tomou as terras anteriormente conhecidas como Reino de Marfim e fundou algumas colônias nessas terras. Os clãs hoje se confrontam buscando expandir seus territórios e poder dentro das colônias.

O novo padrão de suplementos dessa edição apresentou livros com páginas totalmente coloridas e encadernação de capa dura com um conteúdo imprescindível para quem quer conhecer a fundo do império esmeralda: The Emerald Empire e The Great Clans. O Enemies of the Empire também conta a história dos Oradores do Sangue, do Kolat, da Shadowlands e da Escuridão Traiçoeira, bem como Nagas, Nezumi e as cinco raças antigas.

FINALIZANDO

É impossível contar a história de Rokugan em apenas um artigo, devido à quantidade de personagens e situações que permeiam tanto os conflitos nos campos de batalha quanto na corte imperial.
É fascinante pensar que muitas dessas histórias foram influenciadas pelas decisões dos próprios jogadores e como poderiam ter sido muito diferentes caso algum vencedor de torneio escolhesse apoiar um clã diferente.

No próximo artigo, vamos aproveitar os acontecimentos da última GenCon para dar uma olhada mais de perto em como se dá na prática a influência de um vencedor de torneio na história do jogo. Até lá!

Autor: Rafael Viana Silva
Equipe REDERPG

 

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