D&D 5ª Edição: Adicionando jogadores novatos no meio de uma campanha

Lidar com jogadores novatos que entram em uma campanha de D&D já em andamento apresenta alguns desafios reais. Mas com a ajuda dos meus outros jogadores, eu aprendi como fazer esse processo não apenas fácil, mas também divertido.

Eu sou um jogador e Mestre de Jogo veterano, que tem jogado por anos com o mesmo grupo de jogo estável. Como tal, quando me pediram para adicionar um jogador totalmente novo em D&D em uma campanha de quinta edição com vinte duas semanas e quatro níveis de personagem em suas história, eu não tinha ideia em como proceder. O novo jogador tinha muito a oferecer ao grupo de jogo, mas também tinha muito a aprender. Eu vi quatro desafios que precisavam ser superados:

– Ajudar o Novato (também conhecido como “Yugwen”) a superar sua curva de aprendizado de quem nunca jogou D&D.
– Ajudá-lo a desenvolver um personagem que seja agradável de se jogar.
– Fazer Yugwen se familiarizar com a história da campanha até então.
– Fazer tudo acima de uma maneira que ajude o novo jogador e os antigos a conhecerem-se uns aos outros.

O terceiro desafio provou ser o mais fácil de resolver, uma vez que mantenho um registro online da aventura de cada uma de nossas sessões de jogo. Recapitulando a ação enredo, rastreando quem fez o quê, e registrando o XP dado e os tesouros ganhos (ou perdidos), o registro de aventura permitiu a Yugwen ver o que os outros personagens tinham feito nas vinte e duas semanas anteriores, enquanto também fornece insights sobre seus estilos de jogo e personalidades de jogador.

A FORÇA EM NÚMEROS

Para enfrentar os outros desafios, eu marquei uma sessão de “criação de personagem” para o grupo. Inspirado pela noção antiga de construção de celeiro, em que os membros de uma comunidade agrícola se reuniam para construir um novo celeiro em apenas alguns dias, a ideia era encurtar a curva de aprendizado de Yugwen, ajudando ele a construir o seu personagem como um esforço de equipe.

Nossa sessão de construção de personagem começou com uma rodada de apresentações e “biografias de D&D/RPG”, com todo mundo compartilhando como nós havíamos começado com D&D, o quão muito ou pouco tínhamos jogado, e alguns momentos favoritos de aventuras passadas. Isto deu a Yugwen um melhor entendimento de nossas experiências com D&D e revelou coisas sobre ele, tal como a sua vasta experiência em jogar RPG online.

Estando agora mais familiarizados uns com os outros, eu perguntei em seguida ao grupo: “É uma combinação óbvia entre raça e classe essa que Yugwen gostaria de jogar e há algum desequilíbrio que precisa ser corrigido nas capacidades do grupo de personagens?” A resposta imediata do grupo foi, “Precisamos de mais magia!” De Yugwen a resposta foi, “Eu quero lançar magias.”

Problema resolvido? Quase.

O grupo precisava de magia e Yugwen estava ansioso para jogar com um usuário de magia. Mas qual tipo de personagem que usa magia Yugwen mais gostaria de jogar – um mago, um feiticeiro ou um bruxo? Ele não tinha certeza. Adicionalmente, o estilo de jogo de cada classe é bem diferente. Como ele poderá saber com qual personagem ele gostaria mais de jogar?

Com uma pequena ajuda de seus novos amigos, é claro.

EXPERIÊNCIA COMPARTILHADA

O grupo começou a explicar algumas das diferenças em como se sentiram ao jogar com cada classe de usuários de magia. Foram levantadas questões para Yugwen considerar. “Você acha que iria gostar de ter uma grande variedade de magias para escolher, ou ter que selecionar apenas alguns feitiços para lançar a cada dia? Ou você prefere que sua magia seja inata ao seu ser, mas limitadas em âmbito global?” Por conta do interesse de Yugwen em jogar com um estilo de usuário de magia rápido e fluido, rapidamente se tornou claro que o feiticeiro era a escolha certa.

A preferência de Yugwen de raça para o personagem era humano, então os membros do grupo direcionaram sua atenção para os antecedente. O grupo explicou como os antecedentes dão vida aos aspectos estatísticos e pessoais do personagem, e então forneceram indicações sobre quais antecedentes melhor se encaixa em um feiticeiro misterioso. Quando Yugwen escolheu o antecedente Eremita para ser a base do passado misterioso de seu personagem, nós passamos para as dicas de otimização de seu equipamento e escolha de perícias, e para o fornecimento de informações descritivas em detalhes sobre o personagem e sua história.

Após uma hora de trabalho conjunto, o grupo terminou com sucesso a base realmente sólida de um personagem de primeiro nível. Depois nós ajudamos com os detalhes adicionais para os 2°, 3° e 4° níveis, terminando com um perfil que se encaixa tanto no estilo de jogo desejado por Yugwen, quanto na necessidade do grupo em ter mais magia de 4° nível. E, como um enorme benefício adicional: nós passamos tempo para conhecermos um ao outro, mesmo antes dos dados começarem a ser rolados.

Sobre o Autor

Justin Donie é um analista de infraestrutura/produtor técnico sênior na equipe digital da Wizards, onde dá suporte a uma vasta gama de novos produtos e projetos de introdução de recursos. Justin trabalhou no novo projeto do website de D&D e mestra duas vezes por semana sessões de D&D na hora do almoço para empregados da Wizards .

Tradução: Marcelo Telles
Coordenador da REDE
RPG

Link para o artigo original: dnd.wizards.com/articles/features/adding-first-time-dd-players-midcampaign

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