Mamute #01 e #02 – Tópico-a-Tópico

Nossa, como faz tempo que não faço um tópico-a-tópico. O tópico-a-tópico não é propriamente uma resenha, é uma “demonstração de conteúdo” do que tem na revista. O fanzine Mamute é um fanzine feito pela Secular Games que sempre vem com um minijogo e se dedica a discutir o RPG como um todo, além de anunciar os próximos lançamentos da editora. Sua publicação ao menos atualmente é anual e há duas edições: uma lançada na RPGCon 2010 e outra no mesmo evento em 2011. Talvez a primeira esteja esgotada e a segunda, não. O conteúdo de cada uma delas:

 

 

Mamute #01
A primeira edição foi vendida a 7 reais e tem o Cthulhu na capa, o formato é quase um A5 e com miolo em preto e branco. Há fotos e ilustrações, sendo que nessa edição o primeiro é mais comum. O único anúncio na revista está situado na contracapa e é da revista de ficção Startling Adventures que é uma revista estrangeira na qual chegam poucas edições no Brasil e não fala de nenhuma forma de adquirir neste anúncio.

  • Editorial: Abrindo a revista eles avisam que o Mamute não é uma revista de RPG e sim uma “reunião de ideias que precisavam ser compartilhadas com os nossos companheiroes de hobby”, além de falar da vontade que eles tinham em publicar livros no Brasil, visto que os primeiros títulos foram lançados em PDF e em inglês.
  • A cerveja certa para o RPG certo: Recomendações para harmonizar cervejas com o RPG preferido, explica os dois tipos de cerveja (Ale e Langer). Muitas vezes a cerveja citada vem de encontro ao jogo, como a Sorghum Beer feito com Sorgo, alimento comum na África com o jogo Nyambe que se passa nesse continente.
  • Encaixotando o RPG: Mostra como se monta uma caixa para guardar o fastplay do Old Dragon tal qual viri a ser vendido depois, mas nesse caso é para fazer em casa e é o início de várias seções para que se faça em casa.
  • Casa de Maribondo: Discute o RPG a partir do ano 2000 e as formas que o mercado de RPGs mudou, assim como os jogadores e a ampliação da participação independente e dá sugestões de formas de como fazer parte dele;
  • A Perfumaria – Fantasia Brasilis: Remo di Sconzi discute os RPGs com temas brasileiros e a visão dele de como seria melhor tratar deste tema, assim como fazer uma releitura pop dos temas.
  • O ABC do Metal RPG: Giltônio discute o metal com bandas ou que seguem um estilo que lembra o RPG, seja algo mais próximo do medieval e também gótico, além de metaleiros dessas bandas que realmente jogam RPG.
  • Estantes – Guilherme dei Svaldi: Um dos CEOs da Jambô (será esse o termo?) e destaca os principais livros da sua estante: Castelo Falkenstein e Birthright!
  • Busca Final: O título ainda não havia sido lançado e aqui há a descrição de como funciona o jogo, que futuramente seria lançado em versão impressa paga e em versão gratuita em PDF.
  • Entrevista – Steve Kenson: Tiago Marinho entrevista o criador de ICONS e Mutantes & Malfeitores, é uma entrevista curta (duas páginas somente e sete perguntas) cujo tema central são os RPGs de herois.
  • Resistir é inútil: Rocha discute a pirataria e começa a falar sobre a pirataria que aconteceu com os produtos da Secular Games, busca os interesses que os piratas têm ao baixarem o produto, o poder financeiro daqueles que dizem não ter dinheiro para comprar e as formas de lidar com a pirataria e ainda sugere uma forma de baixar livros através do mIRC (nossa, como faz tempo que não entro em um. Também, a rede Brasnet que eu entrava faliu)
  • Resenha – Warhammer Fantasy RPG Com o sugestivo título “Como eu gosto de caixas” há a análiseda caixona básica e dos livros e materiais que vêm dentro dela como os dados multicoloridos, as cartas e o sistema de magia.
  • Encarte – Tópicos & Trolls: Cada edição do Mamute vem com um jogo de bônus. Esse aqui é um drink game (jogo no qual se ingere bebidas conforme a ação realizada) que simula discussões em fóruns da internet. A diagramação do livro é chupinhada de um título de D&D 4ª edição e isso ressalta o humor do jogo. É um jogo bem mais para quem conhece como é o RPG aqui no Brasil e mesmo lá fora, além de ter muitas risadas.

Mamute #02
A segunda edição do Mamute também tem Cthulhu na capa e teve aumento de preço, de R$7,00 para R$10,00. As fotos e ilustrações continuam seguindo o mesmo estilo da primeira edição. Além disso, todas as edições vieram numeradas: a minha é a 29. O único anúncio da revista está na contracapa e é do Savage Worlds que deve sair em breve pela Retropunk Game Design.

  • Editorial: Tem como principal destaque a mensagem: “está na hora de diulgar o hobby!” e reapresenta a proposta do RPG.
  • Encaixotando o RPG – A vez das divisórias: Antônio Sá Neto volta, desta vez com sugestão de como criar uma divisória para o Mestre ou mesmo para o Jogador (isso existia em AD&D, sabiam?) a partir de folhas de papel cartão preto ou Kraft com você escolhendo as tabelas.
  • Dichavando os supers: Tiago Marinho, o mesmo que entrevistou Steve Kenson no número anterior analisa os RPGs de super heróis desde o primeiro (Villains & Vigilantes de 1979) até os mais atuais, assim como a Era de Prata, a Marvel e a DC na qual cada uma publicou vários títulos de RPG
  • A experiência do concurso Faça-você-mesmo: O pessoal da Secular Games analisa a tarefa de analisar os 28 jogos inscritos que foram criados e enviados durante a semana de carnaval como as surpresas, a divulgação, os principais destaques, os vencedores, os RPGs de zumbi, os RPGs com sistema genérico…
  • Manifesto #2: Discute RPG e política (descrita como mais chata que a relação entre RPG e escola) e que cita Walter Benjamin, George Orwell e Karl Marx. Acredito que muitos pularão esse artigo, principalmente quem não faz faculdade ligada a área de Humanas.
  • Junte-se à tribo: Assim como o Busca Final na edição anterior, este traz a tona o novo jogo de Giltônio Santos no qual é um jogo futurista e pós-apocalíptico no qual há a premissa de ser um jogo de narração compartilhada da mesma forma que é o Fiasco, no qual não há necessidade de Mestre. Além disso, há a necessidade de interpretação o que ressalta muito o roleplaying do jogo.
  • A Perfumaria: Remo di Sconzi fala sobre os personagens homosssexuais no RPG e nos videogames assim como a banalização da semi-nudez feminina, como coisas que não atraem o público feminino. Assim como os jogos que aparecem como um “Clube do Bolinha” atraindo a presença de todos os gêneros.
  • Estantes – Rogério Saladino: Como fã de Ravenloft, não poderia ser outro o principal destaque da prateleira de RPGs de Saladino, além de vários títulos de AD&D e Pathfinder.
  • Como organizar um evento de RPG: Eclison Tolentino dá dicas de como organizar um encontro de RPG: como divulgá-lo, de como ococrre tudo de errado no primeiro evento, de como chamar a atenção para os próximos e tornar o evento maior, fazendo-o crescer cada vez mais.
  • Entrevista – Wallace Garradini: Um dos organizadores da RPGCon fala de como ocorreu a organização da primeira RPGCon e a Feira de RPG Independentes e a busca do que realmente vale nas críticas.
  • Encarte – Cthulhu! Tora! Tora! Tora!: Jogo no qual kamikazes enfrentam o Cthulhu! Baseada numa história real em que um voo desapareceu. Vem com um encarte colorido com os aviões, Cthulhu e o tabuleiro. O jogo também é liberado pela licença não comercial da Creative Commons.
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