D&D Next – DRAGÕES REVISADOS

Nesta semana não teve a coluna Legends&Lore do Mike Mearls, mas a coluna do James Wyatt, Wandering Monsters, compensou com apresentação das ideias para dragões. O conteúdo é muito legal, mas penso como eles vão conseguir encaixar todo o texto no Manual dos Monstros. No final do artigo original tem uma enquete para se votar nos aspectos que gostou ou não gostou, vote lá e não se esqueça de deixar seu comentário abaixo.

DRAGÕES REVISADOS

Por James Wyatt

Faz um tempo desde que eu falei sobre dragões, e nós tivemos uma série de conversas adicionais sobre eles desde então. Você já viu alguns dos resultados dessas conversas na coluna Legends&Lore do Mike Mearls (veja a matéria traduzida aqui), onde ele abordou a forma como um dragão pode interagir com seu meio ambiente, particularmente em seu covil. Mas cerca de um mês atrás fizemos um exercício em que tentamos pensar no covil de um dragão como uma masmorra em si, como ele se parece, o que mais pode viver nele e ao seu entorno, esse tipo de coisas. Tudo isso é mais bem demonstrado com exemplos!

Dragões Verdes

Personalidade: Dragões verdes são astutos, sedutores, manipuladores, controladores, criadores de intrigas, e sutis. Só porque um dragão verde pode engoli-lo inteiro em uma única mordida não significa que ele o fará – ele irá preferi envolvê-lo em torno de seus dedos até que você vai fazer o que ele sugere.

Um dragão verde procura o domínio sobre uma floresta e tesouro, como os outros dragões. Ele tem uma definição ampla do tesouro, que inclui asseclas e peões que podem ser usados ​​para ganhar mais tesouro. O controle é a sua obsessão, controle sobre o ambiente e todos os seres vivos nele.

Mestre na desorientação, um dragão verde dobra os outros a sua vontade ao deixá-los pensar que estão recebendo o que querem, até que seja tarde demais. É muito hábil em avaliar os desejos de seus oponentes e brinca com eles. Qualquer um tolo o suficiente para subestimar um dragão verde aprende, mais cedo ou mais tarde, que ele só estava fingindo servir, enquanto, na verdade, manipulando o seu “mestre”.

Ambiente: Dragões verdes vivem em florestas e selvas de qualquer clima. Às vezes eles competem com dragões negros por florestas pantanosas (ou manguezais) e com dragões brancos em taigas subárticas. Mas não é difícil de saber, ao entrar em uma floresta, se ela está sendo controlada por um dragão verde ou não.

Uma névoa perpétua paira no ar da floresta de um dragão verde, com um toque de verde nela e um leve cheiro do cloro acre que o dragão exala. As árvores crescem juntas, exceto nas trilhas sinuosas que surgem como um labirinto em direção ao centro. Musgo espesso cresce nos troncos das árvores, fazendo com que toda a floresta resplandeça com um verde esmeralda de beleza sobrenatural. A luz mal atinge o chão da floresta e cada som parece abafado pela neblina. Os ramos parecem se esticar para prender as roupas e as raízes se retorcem para prender pés e torcer tornozelos. Formas estranhas aparecem e desaparecem no nevoeiro, inspirando às vezes o medo, às vezes desejo, conduzindo ou assustando as pessoas, dependendo dos desejos do dragão. O nevoeiro torna quase impossível manter um rastro do próprio caminho através da floresta, o que às vezes mantém os intrusos fora e, por vezes, os prendem dentro.

Nenhuma criatura viva na floresta do dragão fica incólume com sua presença. Um esquilo silencioso parado em um ramo sobre o grupo são os olhos e ouvidos do dragão. Corvos chamando uns aos outros nos galhos mais altos estão emitindo advertências e rastreando o movimento do grupo. Cobras serpenteiam pelos ramos acima, lagartos rastejam no chão da floresta e correm até os troncos retorcidos e cágados escondem-se nos córregos borbulhantes. Veados e outros animais grandes ficam ainda mais desconfiados do que o habitual, sabendo que podem se tornar presa do dragão a qualquer momento.

Asseclas: Acima de tudo, um dragão verde se deleita em corromper elfos e curvá-los à sua vontade. Às vezes (como foi o caso do rei Lorac de Silvanesti), um dragão verde dilacera tanto a mente de seus servos que a neblina em toda a sua floresta passa a refletir os sonhos torturados dos servos presos.

Dragões verdes veem os outros seres feéricos apenas como fonte de alimento, mas outros moradores da floresta se tornam bons asseclas para os dragões.

  • Bugbears e goblins
  • Ettercaps
  • Fomorians
  • Kobolds
  • Peryton
  • Yuan -ti

Tesouro: Dentre os tesouros preferidos de um dragão verde inclui-se pessoas dobradas à sua vontade, pessoas famosas ou significativas que subverteu (como um famoso bardo), esmeraldas, esculturas em madeira, instrumentos musicais, bustos e outras esculturas de humanoides.

Covil como Masmorra: No coração do domínio de um dragão verde fica uma árvore enorme com um espesso emaranhado de raízes em sua base. Entre as raízes fica a abertura para uma caverna. Ou pode ser uma árvore que cresceu no meio de uma antiga ruína élfica, similares a Angkor Wat e outros templos antigos no Sudeste Asiático.

Dentro da caverna, os túneis se ramificam como uma rede de raízes à medida que avançam para dentro da terra, com eventuais cavernas pequenas que servem como esconderijos para os asseclas do dragão. Raízes pendem do teto em todos os lugares nos túneis, mesmo nos locais mais profundos, e o dragão pode fazê-las se estender e agarrar os intrusos.

O nevoeiro que encobre a floresta acima é mais intenso aqui em baixo, com um cheiro pungente de cloro e desorientando intrusos até o ponto onde eles não consigam rastrear as passagens laterais ou mesmo se orientarem durante a exploração. O dragão pode deixar o nevoeiro mais espesso para obscurecer a visão (como névoa obscurecente), deixar o movimento mais lento (como névoa sólida), enfraquecer a mente (névoa mental), ou mesmo adoecer (névoa fétida) ou matar (névoa mortal) intrusos.

Situada no meio de toda a ramificação de passagens fica uma grande caverna, que serve como o ninho do dragão. Muitas vezes há um pequeno riacho correndo no meio dela. Muitas passagens levam para dentro desta caverna, dando ao dragão uma maneira fácil de escapar dos intrusos e, em seguida, dar a volta para pegá-los por trás quando eles se perdem nas passagens novamente.

Dragões Negros

Por Chris Perkins

Dragões negros são encarnações vivas da corrosão e decadência. Eles habitam os pântanos sombrios e escuros do mundo, assim como as ruínas dessecadas e cheias de vermes das civilizações passadas. Eles reúnem os destroços e os tesouros meio esquecidos dos impérios caídos, para lembrá-los de sua superioridade e invencibilidade, e eles detestam ver o fraco e o honrado prosperar. Eles se deleitam com o colapso dos reinos élficos, anões e humanos e fazem sua morada em seus restos ocos.

Personalidade: Dragões negros são sádicos, cruéis e vis. Nada mais lhes dá prazer do que assistir suas vítimas implorando por misericórdia, às vezes até mesmo oferecendo a ilusão de misericórdia ou de fuga antes de acabar com elas. Um dragão negro pode atacar um grupo de aventureiros, voar com o clérigo em suas garras e atormentar os sobreviventes, deixando pedaços do clérigo e seu equipamento em onde o grupo possa encontrar.

O dragão ataca seus inimigos mais fracos em primeiro lugar. Ele procura vitórias rápidas e brutais, mesmo durante as guerras em larga escala, para reforçar seu ego e aterrorizar seus inimigos. Nunca se deixará parecer fraco. Se estiver à beira da derrota, ele vai fazer de tudo para se salvar, mas vai preferir morrer a permitir que qualquer pessoa o domine completamente.

Dragões negros odeiam e temem outros dragões. Um dragão negro espiona os seus rivais de longe, e tenta matar os dragões mais fracos e evitar os mais fortes. Se um dragão mais forte ameaçar um dragão negro, é provável que o dragão negro procure um novo território.

Dragões negros acumulam os tesouros e itens mágicos de impérios caídos e reinos conquistados. Estas relíquias recuperadas lembram os dragões negros de sua grandeza. Todo o resto morre, mas eles vivem. Quanto mais civilizações o dragão negro sobrevive, mais ele se sente no direito de reivindicar os restos de seus antigos vizinhos como troféus.

Ambiente: Dragões negros vivem em pântanos e charcos nas bordas desgastadas da civilização, onde a privacidade é garantida e a comida abundante. O covil de um dragão negro geralmente é uma caverna sombria, gruta, ou ruína localizada em seu território. O dragão vai inundar pelo menos parcialmente esse lugar, criando uma lagoa para descansar e deixar a carne de suas vítimas em “salmoura”. Seu covil está repleto de crânios e ossos descarnados com ácido de suas vítimas anteriores, carcaças decompostas de animais abatidos, e estátuas arruinadas e cobertas de mofo obtidas de reinos mortos.

Um dragão negro usa um túnel submerso escondido para entrar e sair de sua casa. O dragão tem geralmente mantém entrada trancada ou selada na superfície para atrair e capturar aventureiros. Tais passagens estão repletas de armadilhas e pode ser guardadas por servos do dragão, como homens-lagarto ou dragonatos.

Se for confrontado em sua toca, o dragão permanece dentro de suas lagoa. Ela nada de um lado para o outro por meio de passagens submersas, contando com o seu alcance de sua baforada para matar seus inimigos.

Devido à magia inata do dragão, seu lar se torna um lugar de grande poder mágico. A terra se revira e muda sob a influência de influência do dragão. Os intrusos devem lidar com a combinação mortal de neblina com piscinas de ácido. Ao lutar em seu covil, o dragão pode usar sua ligação com a terra para tirar força do seu entorno e usá-la contra os invasores.

Todos os tipos de vermes (lacraias, escorpiões, cobras, vermes e larvas) infestam o domínio do dragão negro, e o fedor horrível de morte e decadência permeia o lugar.

Asseclas: Homens-lagarto veneram dragões negros. Eles atacam assentamentos em busca de tesouros e comida para seu mestre e constroem efígies rústicas e assustadoras do dragão ao longo das fronteiras do domínio do dragão. Entradas para o covil do dragão geralmente possuem homens-lagarto de elite para defendê-las.

A influência maléfica do dragão também pode causar a criação espontânea de shambling mounds malignos que procuram e matam criaturas boas que se aproximem do covil do dragão.

Druidas malignos podem se aliar ao um dragão negro, embora o dragão veja os druidas como servos úteis ao invés de verdadeiros parceiros.

Kobolds infestam o covil de um dragão negro como vermes. Eles tendem a ser mais sádico e cruéis como seu mestre escuro, muitas vezes torturando e enfraquecendo seus cativos com picadas de centopéias e ferroadas de escorpiões antes de entregá-los a boca à espera do dragão.

O que você acha?

Aqui está um par de dragões semelhante – espero que tenhamos os diferenciado o suficiente.

Link para o artigo original:

http://www.wizards.com/DnD/Article.aspx?x=dnd/4wand/20130910

Traduzido e adaptado por Rafael Silva

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2 Comments
  1. Ficou interessante.

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