POLÊMICA: Uma História de Mestres Estupradores

Lucy começava a segurar suas lágrimas. Nós estávamos na sala da casa dela, meu iPhone fazendo hora extra como gravador, e ela irritada a ponto de quase chorar. Ela me falava sobre nosso ex-DM, que se aproveitou do nosso jogo de Dungeons & Dragons para dar vazão à sua fantasia depois de Lucy ter abertamente rejeitado suas investidas algumas semanas antes. “Eu realmente não queria que meu personagem tomasse aquele caminho e fizesse sexo de faz de conta com aquele NPC”, ela me disse naquela tarde ensolarada. Mas a aventura “não iria a lugar algum, a menos que eu a deixasse mais e mais sexualizada. Uma vez que tomamos esse caminho, essa se tornou a minha única forma de conseguir recompensas no jogo. Ou pelo menos permitir que meu personagem protagonizasse tais cenas, ao invés de soltar um ‘dane-se tudo isso’, me levantar e sair.”

“Lucy” é um pseudônimo, a propósito.

Com uma cara tímida e óculos de armação grossa, Lucy é um tipo de mulher ao mesmo tempo ignorada, marginalizada e fetichizada pelo nerd típico. Ela é atraente, mas não parece inalcançável. Tem um visual que oferece uma abertura, aparentemente feito por encomenda para geeks com a auto-estima na sarjeta. Ela começou a jogar D&D com amigos no colégio, e na faculdade trabalhou numa loja de videogames, onde chegou a organizar eventos.

lucy“Lucy”

Eu conheci Lucy quando nós dois respondemos a um anúncio no reddit que procurava jogadores de D&D para uma campanha em Williamsburg no começo do ano. Além de minha esposa, Lucy era a única mulher no grupo e eu fiquei feliz ao vê-la. Eu havia me preparado para encontrar os piores estereótipos nos outros jogadores – barbudos com problemas glandulares. Me animei ao ver que não se tratava de um grupo assim.

Em seu auge, D&D é um jogo sem limites, onde as próprias regras podem ser suprimidas pela lógica e pela necessidade de se contar/construir coletivamente uma história. D&D permite que os jogadores assumam identidades diferentes, papéis diferentes – inclusive com sistemas morais radicalmente distintos. É um sistema elaborado de realização de desejos, onde adolescentes franzinos e socialmente inaptos podem se tornar grandalhões brigões que carregam machados imensos e matam dragões com o pé nas costas. O jogo é limitado apenas pelos jogadores – o que eles querem realizar o que estão dispostos a tentar. E como e qualquer jogo que encoraje a realização de desejos de (primordialmente) garotos adolescentes, às vezes esses impulsos dão uma guinada para um lado negro.

O nosso DM – vamos chamá-lo de Jason (até porque, é o nome dele) – tinha uma queda por Lucy desde o começo, como ele confessou a mim e a minha esposa pouco depois de nos conhecermos. Meses depois ele finalmente reuniu coragem para convidá-la a sair, mas ela o recusou firmemente. E esse deveria ter sido o fim da história.

Minha esposa e eu faltamos a uma sessão pela primeira vez, e foi aí que Jason agiu. Ele introduziu um novo personagem que ele controlava, “Mercurios”, que era cascudo e bonitão, com “cabelo vermelho ondulado que parece se mover como o fogo cobrindo um rosto másculo levemente bronzeado”, como Jason eventualmente escreveria. Todas as “garotas” na “cidade” eram loucas por Mercurios, o que denotava um estranho exibicionismo auto-erótico se considerarmos que tanto as garotas quanto Mercurios eram controlados pelo próprio Jason. Em todo caso, o grupo precisava da ajuda de Mercurios e Jason deixou bem claro que a única maneira de a conseguirmos seria se a personagem de Lucy lhe concedesse uns favores íntimos. Lucy não gostou da ideia. Mas quando ela tentou outras técnicas para avançar a história, todas invariavelmente falharam. Eventualmente Jason, digo, Mercurios, sugeriu que eles fossem a um lugar mais confortável.

“Foi meio que conduzido nessa direção”

Nada mais aconteceu explicitamente entre essas duas pessoas semi-fictícias, mas aquela foi a última sessão de Lucy com o grupo. Meses se passaram até que a verdadeira história do que aconteceu ficasse clara para mim.

E agora que está, preciso achar um novo grupo de D&D.

Mas isso é um problema, ou apenas um caso isolado? Quando a questão do abuso em RPGs surge em comunidades online, exemplos não faltam. Mas nenhuma forma de abuso ou exploração é mais controversa do que o “estupro fictício”, principalmente porque a situação sempre envolve um outro membro do grupo, ou um personagem controlado pelo Mestre de Jogo. Em um jogo onde cada jogador inventa o próprio personagem, controla o que ele diz, como ele age, e o que ele deseja, isso pode ser uma experiência bem traumática. “Eu tive personagens estuprados”, um participante escreveu num fórum online que discutiu o tema de maneira extensa em 1999. “Posso dizer com minha própria experiência que, mesmo que eu saiba que eu não sou meu personagem, é muito traumático. O GM em questão não me deu alternativa”:

Uma mulher com quem conversei online (e me pediu para não ser citada) teve sua personagem forçada a vestir um “gimp suit” [NT: roupa justa, normalmente de couro ou borracha, usada em fetiches de dominação] pelo seu GM, mesmo que sob seus fortes protestos e na presença de sua irmã mais nova. Ela deixou o jogo irritada. Afortunadamente, o resto do grupo se ofendeu da mesma forma e nunca mais convidou aquele jogador de novo.

De acordo com uma dissertação (link) sobre gênero em RPGs de 2006, mais de 55% das jogadoras já se sentiram inconfortáveis, julgadas, ou desrespeitadas por causa de seu gênero, em oposição a apenas 5.4% dos jogadores homens. 40% das mulheres disse já ter testemunhado um caso do tipo, assim como 32% dos homens. Nem todos os casos dizem respeito a algo tão chocante quanto estupro fictício, mas os números decepcionam da mesma forma.

Dungeons & Dragons tem seus altos e baixos em nossa consciência cultural a cada década, e parece estar atualmente num dos ápices de sua popularidade. Um recente artigo do New York Times (link) ressaltou a incrível influência do jogo em uma geração de escritores e artistas, enquanto otras fontes mainstream notaram os esforços admiráveis dessa nova edição no sentido da representatividade de todas as raças, gêneros e identidades sexuais.

Neste ano, Dungeons & Dragons celebra seu quadragésimo aniversário com o lançamento de uma nova – quinta – edição, que leva o jogo de vez ao século XXI. Logo no começo do novo livro básico, os autores sugerem que os jogadores não precisam “se prender a noções binárias de sexualidade e gênero”. D&D é um jogo que provavelmente ficou famoso como um atalho às profundezas da cultura nerd/geek. Que essa sugestão conste de suas novas regras é animador, e razoavelmente surpreendente. Um legado desconfortável continua profundamente arraigado no DNA do D&D, que vem das próprias origens do jogo.

Criado originalmente por Gary Gygax, um agente de seguros que abandonou o colégio, e um ávido colecionador de armas, D&D é cria de um auto-proclamado (link) “determinista biológico”. Gygax acreditava que apesar de que “não é que o jogo é feito para excluir mulheres”, não há “dúvida alguma de que cérebros masculinos e femininos são diferentes” e que “mulheres não tem tanta satisfação interna com jogos” quanto homens. De acordo com Gygax, isso explica porque “ todo mundo que tentou criar jogos para atrair o interesse do público feminino falhou”. Essas opiniões, condizentes com a subcultura predominantemente masculina de wargames (jogos de guerra) que deu origem ao D&D no começo dos anos 1970, ajudaram a consolidar o legado misógino que o jogo tem dificuldade em abandonar.

Na primeira edição do Livro do Mestre, de 1979, Gygax forneceu aos GMs uma “Tabela de Encontro Aleatório com Prostitutas”.

random-harlot-table

Não surpreendentemente, pesquisas da época estimam que o número de jogadoras esteja entre 0.4 e 2.3% do total. Ainda assim, é impossível dizer se as atitudes demonstradas pelo criador do jogo eram causa ou consequência dessa desigualdade de gênero. Independentemente, décadas se passariam até que os editores do jogo – ou os jogadores – fizessem um esforço sério para recrutar jogadores(as) para além desse limitado círculo.

Em 1983, menos de dez anos após a criação do jogo, o primeiro estudo abrangente de jogos de RPG de mesa foi conduzido. “Shared Fantasy: Role Plaing Games As Social Worlds” (Fantasia Compartilhada: Jogos de Interpretação Como Mundos Sociais) de Gary Alan Fine foi um estudo sobre os hábitos, atitudes e perfis demográficos dos praticantes deste novo e estranho hobby chamado “RPG”. E os resultados foram longe de animadores. O livro passou a imagem de um clube do bolinha isolado, composto de párias sociais e introvertidos, criando uma percepção que permanece intacta até os dias de hoje. De acordo com Fine, apenas entre 5 e 10 por cento dos jogadores da época eram mulheres. Mas além de perceber essa disparidade gritante de gênero, Fine foi investigar a que ela se deve.

“Garotas não tem tanta imaginação”, uma mulher citada no estudo explica. Os jogos eram “complicados demais”. Alguns homens entrevistados por Fine sugerem que o “maior comprometimento das mulheres com a realidade social” era culpado pela sua subrepresentação. O estudo denuncia uma profunda ansiedade e violência voltadas contra mulheres nos homens entrevistados e observados. “É impressionante”, escreve Fine, “que os jogadores considerem que inibições que previnam os personagens de se envolver em estupro fictício como um problema, mas isso é fruto da interação informal masculina”. Ele também escreve que “enquanto não é inevitável que o jogo expresse medos e fantasias sexuais, ele é estruturado para permitir que tais expressões sejam legítimas”.

Alguns jogadores entrevistados concordaram. Quando Fine perguntou a um indivíduo se mulheres seriam aceitas em seu grupo, a resposta foi bastante reveladora: “Sim, são bem vindas. São aceitas e tem meio que um tratamento especial. Quer dizer, as pessoas vão fazer uma piadinha ou outra sobre elas, ou falar com elas de um jeito diferente. […] Você sabe, eles vão fazer comentários sexuais com as garotas, vão provocar elas sobre sexo e etc. É normal, não é nada de mais.”

Fine adverte, “a ausência de mulheres não é um acidente do destino, nem é algo que mudará rapidamente”. Ele também escreve: “mulheres não se tornarão um grupo considerável do universo dos jogos num futuro próximo”. Quando a editora do D&D, Wizards of the Coast, conduziu uma pesquisa de mercado em 2000, eles chegaram à marca de 20% de mulheres dentre os jogadores. Um número ainda risível, mas um aumento considerável desde os anos 80.

Assim como muitos jogadores e profissionais da indústria de jogos com quem conversei – tanto homens como mulheres – entusiasticamente concordaram, Anna Kreider, que mantem o blog “Go Make Me a Sandwich” (link), é uma crítica sonora de boa parte da arte e do engajamento que a indústria de jogos promove (ou falha em promover). No entanto, ela escreveu em um email que, “por mais que eu escreva sobre o lado feio da cultura de jogos, eu tenho sorte de fazer parte de uma comunidade de designers de jogos que são alguns dos seres humanos mais incríveis que conheço. Jogos são uma mídia impressionante, e podem ser uma ferramenta poderosa de auto-avaliação e mudança social [..]. No geral, tenho muita esperança no futuro do hobby.”.

Texto: Tim Donovan

Tradução: Pedro Salgado

Link para o artigo original:
http://www.vice.com/read/notallroleplayers-a-history-of-rapey-dungeon-masters

 

Share This Post
11 Comments
  1. Eu nunca deixei um problema assim se estender, talvez seja sorte mas eu sempre me impus na mesa como PLAYER neutro (pouco importando meu sexo na realidade) e sempre soube impor respeito.
    As vezes que tentaram ultrapassar essa barreira non chorei, non sai da mesa, nem me senti ameaçada pelo contrário fiquei com raiva, muita raiva e convenhamos que eu com raiva sei colocar qualquer pessoa no seu devido lugar quando se trata de respeito.

    Acho phoda esse machismo latente na sociedade, inclusive dos RPGistas punheterinhos mas também acho phoda a postura da mulher que se submete a um mundo que era de domínio masculino sem esperar ter que ser forte; Oras se a mulher demonstra que é o “sexo frágil”, é como ela será tratada pelos homens/garotos/meninets dali.

    Pra mim mulher tem que bater o pé, crescer, largar a mão de ser menina e ser MULHER, mostrar que pode estar em qualquer campo e ainda ser respeitada, nem que seja na força.
    Claro que o ideal seria um mundo igualitário mas vivemos nesta realidade, onde a igualdade as vezes deve ser imposta por quem está em desvantagem, seja por paz, na guerra ou no x1.

  2. Eu acho que chamar um mestre péssimo de estuprador é extremamente ofensivo ao hobby, considerando o quanto mais grave é um estupro real.

    ESTA é a cultura do estupro: igualando uma forma horrível de violência com um jogo de tabuleiro desagradável.

  3. Esse é um ponto bastante delicado, porque jogadores de RPG são pessoas e podem demonstrar grande falta de sensibilidade as vezes. A ideia essencial do jogo é que todo mundo se divirta, e por mais que hajam momentos dramáticos e coisas ruins possam acontecer com seu personagem, esse tipo de coisa precisa ser sempre conversado claramente para não gerar constrangimentos.

    Eu lembro de uma passagem no livro do mestre que diz que ninguém deveria jogar RPG com pessoas das quais ele não gostaria de ser amigo, porque isso levaria à uma experiência potencialmente bastante negativa, e isso é uma bela sugestão, seja lá por qual razão for.

    Mas independente dessas sugestões, vamos esperando que venham jogos que tratem melhor as diversidades, e com isso um amadurecimento das pessoas que jogam e que produzam jogos. Tem certos assuntos que eu acho pesados demais, e a parte sexual é um deles. Tem maquiagens muito mais simpáticas do que essas, que podem ser colocadas no jogo sem agredir ninguém.

  4. MTelles nos trouxe um relato e linkou com um estudo feito por pessoas que, no geral, entendem bem do assunto e achei muito válida a postagem.
    Eu, particularmente, discordo que as meninas precisem se impor na mesa, dar uma de machona e etc. O que o Mammoth citou acima é o ideal.
    Pela sensibilidade que (a maioria) das garotas tem, elas conseguem notar em pouquíssimos minutos se aquele ambiente será ou não agradável para elas. E creio que os garotos também possam ter essa percepção, embora (talvez) a vontade de jogar possa falar mais alto.
    Namoradas podem acompanhar seus parceiros e até aturar certas “piadas internas” ou coisa parecida, mas se algo não a agrada ela deve informar (não batendo na mesa ou em alguém). Tudo bem que tem coisas que podem tirar alguém do sério e aí pode desencadear ações agressivas e inusitadas. Mas a sensatez deve prevalecer.
    Muita gente nem vai ler a postagem toda e fazer comentários equivocados sobre situações de “Estupro” em suas mesas em que eles riram por semanas. E não se trata disso. Se trata de comportamento.
    A menina que joga deve prezar pela interpretação que a agrada, de acordo com o personagem que ela almeja interpretar (levando em conta a proposta do jogo/campanha). E não se blindar com uma personagem meio-orc bárbara peluda, beberrona, que só grita monossílabos e palavrões.
    Se os meninos estão achando que, por a garota estar de banho tomado, cheirosa e bem arrumada, ela quer chamar atenção de alguém da mesa, que eles possam ter um pouco mais de sensatez para entender que elas fazem isso porque as faz bem. É um comportamento da mulher.
    Voltando ao assunto (e aí se tratando de uma campanha em andamento), alguns mestres podem se achar “os espertos” por pensar em fazer esse tipo de pressão estúpida a garota em nome de seu prazer pessoal doentio. Porque, claro, a aventura (de acordo com o exemplo) não prosseguiria se ela não cedesse aos caprichos do npc. O jogo poderia terminar ali com a jogadora, interpretando a personagem, não cedesse. E ponto final.
    Manteria a integridade dela e mostraria a todos os presentes que as coisas deveriam ser tratadas de outra forma (ou no jogo seguinte ela não seria mais convidada por não se enquadrar a “filosofia dos jogadores e mestre”. Segue a vida).
    Porém, dados os dribles na situação, ainda não desfaz essa barreira (que nos dias de hoje está, aparentemente, menor) entre jogadores e jogadoras. Há preconceito sim, mas existe exceções. Vão haver comentários sobre privilégios e outros, mas existe exceções. Então que haja mais exceções.
    Vale o diálogo prévio, vale o bom convívio e vale a diversão (da forma mais homogênea possível). Desafios está lá para ser superados e há espaço para delicadeza, para a sutileza e para sedução (de acordo com o que cada um se propõe a fazer e dentro dos limites).
    Então, meninas, não precisam vestir um sobretudo de ferro, nem andar descabelada e com aquela camiseta de rock do seu irmão para ir nos jogos de RPG.
    Tenho um jogador que diz: “Só é legal quando todo mundo ri”. Acho que esse é o caminho :)

  5. Atenção, esta é a opinião de minha namorada, Lene Lima ( https://www.facebook.com/navigatoralialima?ref=ts&fref=ts ) à respeito do artigo. Ela leu o original em inglês e tem a seguinte opinião:

    “Já joguei em inúmeras mesas, online e presenciais, com gente que sequer me conhecia e nunca recebi nada além de “que legal, uma menina jogando”. Se a mesa possui assuntos dos quais você não gosta, saia do jogo. Ninguém é coagido a nada dentro de um jogo, você só faz O QUE VOCÊ QUISER. Já encontrei, sim, alguns trolls comunas em mesas online, mas basta reportar ao Mestre, isso se ele mesmo não tomar uma providência. O que o autor/autora quer é usar de sentimentalismo barato como muleta pras próprias ideologias.

    ADENDO: Se quer uma mesa com um tema pesado e não quer sujar as mãos de sangue, sinto muito filha, mas você precisa engrossar o couro.”

  6. Primeiro, conforme o artigo indicou, a mesa não era de temas pesados e a questão aqui NUNCA foi o uso de temas pesados no RPG. Insistir nesse ponto é demonstrar que não leu o artigo na íntegra. Inclusive porque quem escreveu foi um homem, que jogava na mesma mesa, não a vítima.

    O artigo é sobre ASSÉDIO SEXUAL dentro do RPG. Inclusive, a primeira coisa que a vítima fez foi justamente parar de jogar com tal o grupo, antes que alguém diga “não gostou, sai”.

    O real problema é esse tipo de situação continuar acontecendo dentro do hobby em pleno século XXI. E, infelizmente, acontece. Tivemos inúmeros depoimentos confirmando isso.

  7. Concordo com com o que Mammoth disse, nesses casos o mestre do jogo deve ser mas sutil e respeitoso com o jogador(a). Claro que existem mestres e mestres, no caso sitado acima não sabemos se é só isso, devemos considerar o lado humano como intrigas do mestre e do jogador(a) fora da mesa.

  8. Polêmico hein! E muito válida a postagem, vejam só os comentários! É sempre válida uma discussão, e as interpretações…

    Na minha faltou maturidade de parte a parte. Esse tal mestre Jason deveria ser um Literal “Cabaço” pra tomar uma iniciativa destas. Já ouvi falar de mestres ruins, mas se esse tal Jason teve que se utilizar do apelo sexual pra melhorar a aventura dele, então as aventuras dele já não deveriam ser lá grande coisa mesmo… A Jovem “Lucy” Não perdeu muita coisa!

    É pena que acontecimentos assim mancham pouco mais a fama popular do RPG, que já não tem por si só a melhor das reputações, (que vai de pervertidos a satanistas) mas enfim, torço para que haja um amadurecimento geral, pois na minha concepção o RPG seja pra quem forhor. É assim que “mestro” e jogo a mais de 20 anos, e felizmente nunca tive problemas sexuais, ou de discriminação de nenhuma natureza nas mesas que estive. tem o simples e inocente objetivo de divertir as pessoas e faze-las se sentirem mel

  9. Vixi deu Bug… Como dizia…seja pra quem for o rpg tem o simples e inocente objetivo de divertir as pessoas e faze-las se sentirem melhor…é assim que mestro e jogo a mais de 20 anos e felizmente nunca tive problemas dessa natureza.

  10. Adorei ter esse tema abordado aqui. E Aqui vou dar minha opinião enquanto mulher, rpgista e feminista. Enfim, o assédio à mulher acontece em todos os níveis: em casa, na escola, no trabalho, no ônibus… claro que em mesas de RPG não ficariam de fora, sendo até mais propício visto que o número de jogadores é bem maior que jogadoras.

    Não passei situação de natureza sexual, mas e as outras? “mulher não sabe regra”, “a namorada do mestre”, “ela vai mestrar?”, enfim, situações que nos separam apenas pela questão do gênero. Isso afasta muitas mulheres ou “educa” meninas a serem vistas como objetos ou como seres menores… e pior: sentirem CULPADAS por acontecer isso. E sabe porque? porque as amigos e as amigas – se encontrar uma – vão dizer que ela deveria ter agido de outra forma ou ter feito outro tipo de personagem ou tomar essa ou aquela atitude quando, independentemente do que ela fizesse, os idiotas continuariam sendo machistas. Muitos até diriam que ela está vendo coisas onde não têm.

    Não falando do caso citado, mas do assédio contínuo: a culpa não é unicamente do cara que a assediou, mas do resto da mesa que nada fez.

Leave a Reply