Inserindo um novo reino ou cidade em C7L

Saudações, aventureiros! Um bom mundo de jogo possui cidades, regiões e reinos bem descritos e com muitos ganchos para que os Mestres possam criar suas aventuras. Contudo, Mestres muito criativos podem querer criar seus próprios pequenos reinos, regiões ou cidades para ambientar suas aventuras e querer colocá-los em seu mundo de jogo favorito. Isso porque, muitas vezes, o Mestre quer ter uma maior liberdade ao usar o cenário, mas ele não tem tempo para criar todo um mundo de jogo para isso, ou simplesmente prefere colocar suas idéias em um cenário que já exista.

Pensando em situações como esta, a coluna deste mês aborda este tema e traz um exemplo de um pequeno novo reino para adicionar à sua campanha em Isaldar.

O continente de Aldar é vasto e variado o suficiente para possibilitar que se acrescente ali vários novos reinos e cidades, dos mais variados estilos da fantasia. Desde o horror (Haradath e Terras da Noite), passando pela alta fantasia (Império Melkhar), espada & feitiçaria (Vanidrad), até aventuras orientais (Império do Leão Celestial e Huan Ti).

Se a sua cidade ou pequeno reino está mais ou menos dentro do padrão da fantasia tradicional, sem dúvida um bom lugar para inserir seu material é a região dos Principados Brilhantes. Uma pequena mudança nos antecedentes do lugar criado por você para adaptá-lo à história do mundo e dos Principados, e ele poderá ser facilmente encaixado ali. Embora os principais reinos dos Principados sejam bem descritos, especialmente no primeiro suplemento do C7L, o Guia de Isaldar, há espaço para se inserir ali não apenas uma ou mais cidades, mas também pequenos reinos de menor destaque que os reinos principais oficiais.

Um dos materiais que teve que ser cortado do Guia de Isaldar por conta do tamanho do livro – e vocês irão ver todos esses materiais de jogo que foram cortados aqui, nas próximas edições da Coluna C7L – foi o Baronato de Lionis, criado pelo Tzimisce. Ele é um exemplo perfeito de um pequeno novo reino que pode ser inserido em Crônicas da 7ª Lua.


Baronato de Lionis, o Brasão do Leão Dourado

Os Vales Gêmeos do Rio Isidror são terras bucólicas e pacíficas localizadas ao norte de Santuário, e famosas por sua boa cerveja e lã. Contudo, muitos se espantam ao ver suas tranqüilas e pequenas estradas de pedras patrulhadas por esplendorosos guerreiros de elmos brilhantes e longas capas douradas. Esses guardiões portam a insígnia do Leão e da Espada, um símbolo da antiga nobreza, e cumprimentam os viajantes com um brado honroso: Alto aqueles que vem, pois estão sob o olhar do Leão de Derenthar! Que os justos apazigúem seus corações e que os seguidores do Código dêem um passo à frente!”.

O Baronato de Lionis, também conhecido como o Brasão do Leão Dourado, é governado pelo jovem e inexperiente, mas benevolente, Barão Adamar Lionis XII (Hum M LB Arist 1/Pal 2). Leais defensores do Império Derenthar no Mundo Primordial, os Lionis são uma dinastia de paladinos que seguiam o velho Código de Honra daquela nação perdida. Eles são famosos por sua aliança com a caída Corte do Orgulho Dourado, o conclave dos lendários aslanir, uma raça de nobres leões celestiais de Elária. Ao lado dos aslanir, os Lionis realizaram grandes feitos de bravura e é dito que cada jovem paladino desta família se dirigia perante a Corte e realizava um teste de coragem e honra, para depois receber as benções dos deuses e um companheiro aslanir. A parte mais rigorosa do teste consistia no voto do cavaleiro de seguir o velho Código, enquanto colocava sua mão na bocarra do Grande Rei da Corte do Orgulho Dourado. Se a alma do paladino não fosse pura como seu juramento, o impiedoso soberano aslanir devorava a sua mão. Com a vinda da Aniquilação e a destruição do Mundo Primordial, a Corte foi perdida. Poucos aslanir vieram para o Novo Mundo e seu sangue se dilui na raça de belos leões hoje vista no Baronato de Lionis. Contudo, muitos camponeses suspiram que os senhores da Casa Lionis ainda sabem um caminho mágico para se encontrar com os espíritos da Corte do Orgulho Dourado.

Três povoados e dezenas de fazendas marcam o Baronato de Lionis. O primeiro é a vila do Velho Portão (pop. 390), localizada na entrada dos Vales e prontamente reconhecida pelos restos da antiga muralha de seu castelo, destruído por um dragão nos primeiros anos do Baronato. Há também a vila dos Morros Uivantes (pop. 290), na fronteira com os Vales Esmeraldas, famosa por seus grandes moinhos. O Barão Adamar governa do Castelo do Legado (pop. 520), construído com a mesma pedra fundamental da fortificação do Velho Portão, que por sua vez foi salva das velhas terras da família no Mundo Primordial.

O Barão reina ao lado da bela Baronesa Eoril (Hum F NB Esp 1/Art 1). Adamar foi o primeiro a quebrar a tradição de sua família nobre e se casar com uma plebéia. Todavia, os bardos até hoje narram como tal união parece ter sido abençoada. De fato, Eoril é amada e vigiada por um dos últimos aslanir de sangue puro, o grande Fadur (leão atroz meio-celestial 12 DV), que nunca é visto longe da Baronesa. O Castelo do Legado é administrado pelo irmão mais velho do Barão, o Senescal Malakast Lionis (Hum M LN Gue 5). Um homem impulsivo e amargo, Malakast não herdou o trono por não ter recebido o Chamado do Paladino. Nunca se perdoou pela morte do seu pai, o velho Barão Malakaris, nas mãos de mercenários anões renegados, durante a Guerra dos Estandartes Sombrios. Até hoje, Lorde Malakast nutre um profundo ódio por aquela raça.

A última maravilha do Baronato é a existência de uma Chama Prístina de Enthariel no interior do Castelo do Legado. Dizem que essas chamas sagradas ardem tal como as chamas do coração de um paladino. De fato, dizem que um paladino verdadeiro nunca há de temer ser ferido pelo Fogo da Senhora das Hostes Brilhantes.

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