Vikings: Guerreiros do Norte – Midgard (resenha)

A esta altura é mais do que óbvio o grande refluxo que o mercado brasileiro de RPG deu nos últimos cinco anos, que a RetroPunk Game Design é uma exceção que confirma a regra, e que Dungeons & Dragons 4ª Edição com a sua GSL nunca terá o alcance e a consistência que a OGL da 3ª Edição teve e ainda tem. Contudo, em um mercado que aparenta se resumir a Devir, Jambô, RetroPunk e uma e outra iniciativa independente – com destaque para o Old Dragon, que tem mostrado que quer muito mais do que lançar “livros para os amigos” – a Conclave Editora ressurgiu após um certo hiato, lançando uma nova edição de seu aclamado cenário Vikings: Guerreiros do Norte.

Vikings: Guerreiros do Norte – Midgard 2ª Edição é a nova versão do livro que lançou o cenário de campanha dos guerreiros nórdicos, convertendo-o para o sistema do novo D&D. Após quase dois anos desde o lançamento do Livro do Jogador da 4ª Edição em português, Vikings – Midgard é o primeiro e até agora único livro criado no Brasil sob a Game System License (GSL) da nova edição de Dungeons & Dragons.

A Conclave mudou a gráfica com a qual trabalha e isso pode ser notado no produto. O papel da capa infelizmente se verga e o plástico que a recobre se solta sozinho. Em compensação, a qualidade do papel do miolo ficou superior e a impressão bem melhor, exceto pelo mapa do cenário na página 19, que ficou um pouco escuro e uma ou outra ilustração de cidade, como foi o caso de Birka.

Vikings: Midgard 2a Edição

O projeto gráfico também melhorou e a nova composição da capa ficou excelente. A arte da capa e a interna continuam a cargo de Flavio Augusto Ribeiro, mantendo-se o soberbo nível da arte da linha.

A diagramação no geral é muito boa, e a solução para as caixas de poderes em preto & branco foi muito eficiente. Mas ela não coloca as trilhas exemplares uma por página, como é o padrão oficial da 4ª Edição, algo que talvez desagrade os jogadores. E a ilustração da página 65, onde as cabeças das Valquírias no alto são cortadas, já tinha esse corte na primeira edição do livro.

A Conclave já teve revisões de texto melhores, mas a falta de uma boa revisão dos termos de mecânica de jogo salta aos olhos. O livro chega a usar dois termos diferentes para a mesma coisa, um deles diferente da tradução oficial, como é o caso de “jogada” (termo oficial correto) e “rolagem”. Obviamente foram partes feitas por autores diferentes dentre os cinco que assinam o livro, mas essa falta de padronização e o uso de termos incorretos é uma falha tanto de edição, quanto de revisão. Provavelmente a pressa em se lançar o livro para as vendas do Natal passado – o livro foi feito muito rápido, mesmo levando-se em conta que a maior parte do texto é da primeira versão do livro – tenha tido essa consequência.

Quem possui a primeira edição do livro não deve esperar acréscimos ou mudanças no cenário: essencialmente é o mesmo texto do livro original que foi lançado em 2005, apenas com novos capítulos 2 (Personagens), 6 (Criaturas) e 7 (Combate e Novas Regras), que trazem as novas mecânicas de jogo. Os demais capítulos (1, 3, 4 e 5) são os mesmos, apenas melhor organizados, diagramados, com um ou outro detalhe diferente, como novas caixas de texto com informações adicionais.

Os pontos negativos mais significativos, contudo, estão na mecânica de jogo. A 4ª Edição engana, parecendo um sistema mais fácil. Na verdade, como é um sistema mais “redondo” que o da edição anterior de D&D, é necessário ser mais preciso.

Por exemplo, aparentemente parece ser uma boa ideia associar determinada raça a uma das raças básicas para efeito de aquisição de talentos. Assim, köbolts podem adquirir talentos que possuam halfling como pré-requisito, desde que atendam aos demais pré-requisitos do talento. Contudo, köbolts têm um poder racial diferente dos halflings, e não há no livro nenhum talento que modifique ou melhore o poder racial deles, além de obviamente eles não poderem adquirir algum talento relacionado ao poder racial dos halflings.

Há alguns poderes que não ficaram muito bons. Por exemplo, clangor de Gjallarhorn, poder diário de nível 5 de conjurador rúnico, cria uma runa em um quadrado que pode atacar uma criatura que iniciar o seu turno adjacente a esse quadrado. O ataque causa 2d8 + modificador de Inteligência de dano trovejante e pasma o alvo (TR encerra). O problema é que a área pode ser sustentada com uma ação mínima, e assim toda rodada um alvo adjacente pode ser atacado e pasmado. Sim, na prática, é poder infligir a condição pasmar sem limite. Combine isso com poderes do resto do grupo que controlem o movimento do inimigo e acabe com qualquer monstro que tenha ataques extras que utilizem ações mínimas. Se tal poder já seria absurdo no estágio épico, imagine sendo ele de nível 5. Minha sugestão é desconsiderar a sustentação dele.

Falando em conjurador rúnico, a nova palavra-chave Ampliar é muito interessante. Embora a combinação de poderes com a mesma runa seja muito limitada, este é o tipo de limitação que suplementos irão facilmente resolver e tornar a nova palavra-chave uma ótima opção dos conjuradores rúnicos. Esperamos também que a runa “Criar”, que ficou faltando na página 37, onde tem as runas e seu significado, venha em uma errata ou no próximo suplemento, Reinos de Pedra.

Com a 4ª Edição se tornou possível diferenciar o berserker do bárbaro. Enquanto o bárbaro é um combatente que tira suas habilidades da fonte de poder primitiva, o berserker é um guerreiro dotado de uma fúria interior pessoal. Assim, ao invés de ser uma trilha exemplar para bárbaros, berserker foi convertido como uma opção de estrutura para guerreiros, uma ideia bem trabalhada e com ganchos para o cenário por conta da poção dos berserkers. As demais classes de prestígio da edição anterior foram bem convertidas como trilhas exemplares específicas do cenário e recomendadas de serem prioritariamente usadas.

Na parte de talentos, além dos já citados talentos para os novos poderes raciais que ficaram faltando, também faltaram os talentos divinos para alguns deuses como Frigga e Sif. Os demais talentos estão em sintonia com a mecânica específica do cenário e alguns são muito bons, como o talento divino Glórias de Odin.

O cenário em si é muito bom, uma alternativa ao padrão usual dos cenários de D&D. Embora a linha não se proponha em ser uma ambientação histórica, ela é muito detalhada e rica, trazendo informações completas sobre a sociedade, o modo de vida e cada reino e região viking. Contudo, algumas vezes as informações não são tão relevantes para se estruturar uma aventura, e poderiam ter sido substituídas por mais ganchos e tramas. Acaba ficando algumas vezes “histórico demais”, com informações em excesso sobre economia local, por exemplo. O que naturalmente torna o texto menos atraente de ser ler, especificamente no capítulo 4 (Os Nove Mundos). Nele há também regras para avalanches e deslizamentos – tratados como desafio de perícias –, e lagos e rios congelados – tratados

O capítulo sobre divindades é praticamente o mesmo excelente capítulo da edição anterior, apenas com uma boa caixa de texto a mais, sobre deuses e mortais.

No capítulo 6, sobre criaturas, temos mais alguns problemas de mecânica de jogo. Alguns conceitos de mecânica de jogo da Edição 3.5 que foram abandonados na 4ª Edição infelizmente estão presentes em Vikings. Especificamente na ficha do Povo Huldre há coisas como redução de dano contra tipo de arma, dobro de dano em determinados alvos e +10 de bônus racial em perícias em determinadas situações.

Por fim, no capítulo 7, há as regras específicas para o cenário, como Renome, e as estatísticas para os famosos navios vikings. Ficaram de fora na nova edição as regras de Combate em Massa. E, ironicamente, o que tinha potencial de não ficar bom, as regras para ataque direcionado, ficaram muito boas. Potencial porque este é um conceito totalmente oposto ao princípio de mecânica de jogo da nova edição de D&D. Mas se você quiser algo assim para o seu jogo de 4ª Edição, sugiro usar as regras apresentadas em Vikings.

Vikings: Guerreiros do Norte – Midgard 2ª Edição tem alguns pontos negativos na mecânica de jogo, o trabalho de revisão deixou muito a desejar, e o material da capa é de má qualidade. Mas ainda assim vale muito a pena ser adquirido, não apenas porque é o único livro de 4ª Edição criado no Brasil, mas porque oferece uma alternativa de cenário e de tipos de campanha que não são encontrados no material oficial. Inclusive já sugeri uma ideia de campanha para Vikings, que vocês podem conferir em:

https://www.rederpg.com.br/wp/2011/04/ideias-de-campanhas-vikings-guerreiros-do-norte/

No mais, erga o seu machado e prepare o seu navio! E que no fim, nós nos encontremos nos salões do Valhalla, onde os bravos podem viver para sempre!…

 

Notas (de 1 a 6)
Texto:
4 (a revisão geral, de termos de jogo e de mecânica de jogo deixaram muito a desejar.)
Conteúdo: 4 (a mecânica de jogo possui alguns pontos negativos.)
Arte/layout: 5 (o material do qual é feita a capa e a plastificação dela são de má qualidade.)
Nota Final: 4

Por Marcelo Telles
Coordenador do REDERPG

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15 Comments
  1. Salve!

    Alguns detalhes:

    1) A capa não é plastifcada. É laminação fosca, o mesmo sistema usado nas capas dos livros do D&D 4.0 e tantos outros. Não tivemos relatos de problemas com a capa. Talvez tenha sido a que enviamos para a RedeRPG uma triste excessão.

    2) Quanto a Rolagem / Jogada. Na verdade não foi algo que escapou à revisão, foi algo que supomos não necessitar de padronização, uma vez que ambos os termos têm o mesmo significado e são inteligíveis para os jogadores.

    No mais, obrigado pela resenha. Caçaram uns piolhinhos, hein?! :)
    Indico também a seguinte resenha: http://aliancadeyggdrasil.blogspot.com/2011/01/midgard-2-edicao-resenha.html

    • Ola
      Como alguns devem saber sou desenvolvedor da 4 e e adquiri o Midgard para ver o trabalho da Conclave……..

      Concordo 100% com a resenha….. o primeiro ponto que observei foi a capa que quando abri a borda lateral esquerda imediatamente soltou um plastico do papel….

      Os desenhos sao otimos….

      Mas os poderem em preto e branco foi PÉSSIMO……entendo que foi uma escolha de custo mas na 4E é fundamental que os poderes sejam coloridos, pois a barra vermelha, preta ou verde define o uso do poder e foi uma opçao de design da Wizard que deve ser seguida…..

      Falando nisso tambem achei que faltaram algumas instruções que a licença exige …….

      De modo geral achei o livro bacana…..

      abs!

  2. Dei uma relida na resenha. Mais alguns detalhes:

    3) O livro não foi feito às pressas. Pelo contrário, nem conseguimos lançá-lo para o Natal. Na verdade, até atrasamos sob pena de não perder a qualidade.

    4) Fizemos playtests exaustivamente. O poder Clangor de Gjallarhorn não se mostrou desequilibrado em nenhum dos jogos de teste. Na verdade, o poder foi baseado num poder de Mago bem parecido, com a diferença que a runa não pode ser movida de sua posição original (como é o caso do Mago). Se o grupo conseguir manter o inimigo adjascente à runa, mérito dele! :)

    5) Quanto às inovações no cenário, bem, TODOS os capítulos têm novidades em relação à edição anterior. TODOS mesmo! O que ocorre é que tais novidades estão diluidas ao longo do texto e, algumas vezes, com uma leitura superficial, possa passar desapercebido.

    6) Último comentário. Algumas coisas que foram apontadas como “erros” na resenha foram, na verdade, simples opções de design. Optamos, por exemplo, de não criar talentos divinos para todos os deuses e sim para os mais importantes do panteão; não colocamos cada trilha numa página por questões estéticas (excesso de espaço branco) e por que isso ampliaria o número de páginas consideravelmente e, consequentemente, o preço dos livros; usamos alternativas de resistência a determinados tipos de dano no Povo Huldre não por se manter algo da edição anterior e sim porque é tal característica que reflete, com precisão, o que a criatura representa no cenário. Por fim, não quisemos ficar presos a uma padronagem fechada da WotC e sim criar algo que realmente refletisse o cenário que desejamos. O objetivo é levar ao público um cenário divertido e verossímil, mesmo que isso fuja um pouco do padrão 4.0.

  3. Olá, Cuty.

    Independente do nome técnico correto – porque o importante é o leitor entender a que eu estou me referindo em uma resenha -, o fato é que o papel da capa se curva e a laminação sai sozinha. Comparando com a primeira edição do livro que tem alguns anos, o antigo parece o novo e o novo parece velho.

    Foi uma suposição equivocada então, porque é um termo técnico e tem uma tradução oficial. Além disso, “rolagem” é um termo coloquial e por isso o seu uso é incorreto no que se refere a um livro técnico, como é o caso da parte de mecânica de jogo. Os vkings podem fazer a “rolagem” da cabeça dos inimigos em um conto literário, mas os jogadores fazem jogadas com os dados. :-)

    Eu posso escrever em um livro que “os mísseis mágicos foram castados” que os jogadores irão entender, mas isso não torna correto o uso de tal termo.

    O tratamento dado ao livro foi o mesmo em todas resenhas de minha autoria. Como exemplo cito a resenha do Poder Marcial, onde aponto alguns erros da Devir (apesar de criticar também a Wizards):

    https://www.rederpg.com.br/portal/modules/news/article.php?storyid=6721

    O novo Vikings já estava em pré-venda no dia 16 de dezembro de 2010 e no dia 23 foi informado que ele atrasaria. Ou seja, embora o atraso seja perfeitamente compreensível, o objetivo eram as vendas de Natal. Pelo tempo de desenvolvimento em que foi feita a mecânica de jogo, havia o risco de ter os problemas citados.

    Poderia citar qual poder de mago em que ele foi baseado? Acho que as críticas deveriam ser levadas muito em consideração pela Conclave, para uma errata e para melhorar cada vez mais a linha Vikings. A Wizards faz dezenas de playtests e regularmente tem a grandeza de lançar erratas clarificando ou corrigindo erros de mecânica. Não vejo porque a Conclave não poderia fazer o mesmo.

    A leitura não foi superficial, vide o que está escrito na resenha acima: “Os demais capítulos (1, 3, 4 e 5) são os mesmos, apenas melhor organizados, diagramados, com um ou outro detalhe diferente, como novas caixas de texto com informações adicionais.” As tais novidades diluídas no texto são detalhes. A maior parte do texto destes capítulos são os mesmos da edição anterior.

    Cheguei a citar como exemplo o capítulo sobre divindades (entrou uma nova caixa de texto e foram cortados as indicações de domínio). Se quiser, posso citar cada um dos detalhes novos desses capítulos, comparar a proporção deles com o texto original e o peso que eles realmente têm enquanto novidades.

    Algumas coisas não foram apontadas na resenha necessariamente como erros, apenas foram constatadas para conhecimento dos leitores. Se alguém quiser fazer uma personagem divina inspirada nas Valkírias, é bom saber que não há AINDA um talento divino para a deusa patrona delas, por exemplo.

    Pode ser que alguns até preferiam essa diagramação para as trilhas exemplares. Mas quatro páginas a mais não teria um impacto tão significativo assim no preço final do livro.

    Há outras formas, dentro da mecânica oficial da 4a Edição, de se traduzir essas habilidades do Povo Huldre, sem usar mecânicas baseadas nas da edição anterior.

    Acho que o objetivo foi alcançado com a mecânica de Renome e a de Ataque Direcionado. Mas os problemas citados deveriam ser refletidos, corrigidos e melhorados, ao invés de denegados. Se a Wizards faz isso, tenho certeza que a Conclave também é capaz de fazer.

    Um grande abraço,

    Marcelo Telles
    Coordenador do REDERPG

    • Salve Telles,

      Meu intuito não foi, de forma alguma, denegar qualquer aspecto levantado na resenha, mas sim apresentar argumentos sob um novo viés e mostrar as informações por outro lado. É claro que tudo o que foi apontado será levado em consideração nas próximas edições e nos próximos livros da editora.

      Alguns detalhes:

      Quanto ao termo rolagem, ele não é coloquial e a comparação com castar é completamente equivocada. Conforme o dicionário Aulete:

      (ro.la.gem)
      sf.
      1. Ação ou resultado de rolar.
      2. Bras. Fig. Negociação para adiar um pagamento atrasado: rolagem de uma dívida.
      3. Agr. Operação de triturar os torrões que a grade do arado não partiu, comprimindo-se o terreno para lhe conservar a umidade.
      [Pl.: -gens.]
      [F.: rolar + -agem1.]

      Ou seja, escrever rolagem de dados é escrever em português correto, sem dúvida.

      Não estou com o meu livro do jogador aqui agora, portanto não sei dizer ao certo o nome do poder, mas me lembro que você cria uma bola de energia em um quadrado e pode atacar através dela, como o poder do conjurador rúnico. Ela pode ser sustentada com uma ação mínima e a diferença dela para o poder do conjurador é que ela pode ser movida de lugar com uma ação de movimento do mago. Como a de conjurador não pode ser movida, ela causa o efeito de pasmar (extra).

      Quanto à leitura, sabemos que não foi superficial, Telles. Conheço seu trabalho e sei que você não faria uma leitura superficial para resenhar um livro. É claro que não! :) O que quis dizer é que leitores, baseando-se na sua resenha e com uma observação superficial poderiam não perceber as inovações no cenário.

      No mais, muitos dos aspectos citados foram alternativas de design, como já havia dito. Pretendemos lançar o que faltou no livro em suplementos futuros e em material gratuito na internet. Como é o caso do combate em massa, que será disponibilizado para download em breve. Essa opção se baseou no uso que se faria de tais materiais. Alguns talentos de determinados deuses, por exemplo, teriam tão pouco uso em jogo que não se justificava mantê-los no livro e ampliar o seu custo. Vivemos na era do mp3, em que as pessoas preferem ter músicas específicas a comprar um álbum inteiro. Pensamos nisso quando fizemos o livro e optamos que coisas mais alternativas, de menor uso ou importância no cenário seriam diluídas em outros suplementos e materiais online.

      Por fim, mais uma vez obrigado pela resenha. Esteja certo que os apontamentos daqui e de todos os jogadores e mestres que utilizaram o livro serão levados em consideração. Nosso objetivo é melhorar sempre e para que isso ocorra precisamos ouvir a opinião de todos.

      Abraços.

      • Acho que não cabe muito discutir se os dados são jogados ou rolados – até porque eles são jogados. O ponto é que o termo oficial é “jogada”, não “rolagem”. Basta olhar em qualquer livro de D&D feito pela Devir, desde o Livro do Jogador da 3a Edição, e veremos sempre “jogada”, nunca “rolagem”.

        Eu não poderia dar uma nota mais alta para um texto que não tem certo nível de padronização, e que chega a utilizar dois termos diferentes para a mesma coisa, sendo que um deles obviamente não é oficial.

        Já sei qual é o poder de mago aa qual se refere: Flaming Sphere. Ele não inflige condição (assim como Rolling Thunder, que é similar), ainda mais Pasmar, que está entre as três mais fortes do jogo. E infligir a condição toda rodada tem um peso infinitamente maior do que poder mover a área.

        Ficamos no aguardo das revisões e dos materiais complementares.

        Um grande abraço,

        Marcelo Telles
        Coordenador do REDERPG

  4. Independentemente das críticas (muito bem fundamentadas, por sinal) o jogo parece-me ter substância e qualidade suficiente para dar uma conferida.

    Quanto a ausência de certos talentos relacionados a alguma divindade, entendo a postura de apenas escolher algumas mais importantes como referência, inclusive pénsando em detalhes relacionados ao consumidor (preço do livro devido à quantidade de páginas). Mas a falta dos talentos relacionados demais divindades pode, sim, ser sentida.

    Outra: “Ficaram de fora na nova edição as regras de Combate em Massa.”.

    Os autores pretendem em algum momento lançar algum suplemento abordando tais temáticas mais profundamente?

    Um abraço a todos!

  5. Saudações a todos! :-)

    Eu entendo a sua colocação, Alonso, o ideal seria colocar as caixas dos poderes com as cores, mas este simples detalhe aumentaria o custo do livro de forma muito significativa. Embora os tons de cinza estejam longe do ideal, foi uma boa solução para a nossa realidade.

    Com certeza, Patesi, é um livro que vale muito a pena ser adquirido. Acredito que os demais talentos divinos e as regras de Combate em Massa serão publicadas nos futuros produtos da linha.

    Um grande abraço,

    Marcelo Telles
    Coordenador do REDERPG

  6. Foi o que eu disse Telles…..encarece mas vale…….acho que pra ser barato faz so em pdf……o livro impresso pode ser um pouco mais salgado se tiver os atributos que o valham….. capadura, colorido, etc…..

    o conteudo é bem bacana, mas esses detalhes fazem toda diferença…….

    o livro vale sim;;;;;;

    • Salve Alonso,

      Trabalho com edição de livros de RPG desde 1999 e uma coisa que aprendi foi a de que livros caros muitas vezes podem ser “tiros no pé”. Analisamos nosso público e concluímos, sem dúvida, que a opção colorida não seria viável. Por isso a alternativa preto-e-branca. Não acho que a perda foi assim tão sensível, pelo menos até o momento não tinham surgido reclamações…

      Pode ter certeza, se acreditássemos que uma versão colorida fosse viável, teríamos lançado o livro em cores. :)

      Valeu pela dica!

      • entendo Cristian, mas acho o que faz um livro de rpg diferente de outros livros é a sua qualidade………se a questao é o conteudo entao acho que o pdf resolve….

        Acho que o papel do livro de papel e ser caro e diferenciado, com reserva de verniz , colorido etc……se o material for de qualidade o publico vai comprar……

        O futuro do livro é ser uma obra artesanal… com poucas tiragens mesmo…..e nao sera dai que vira o dinheiro, claro…….

        A Wizard esta na contra mao do mercado de livros e nao foi atoa que teve que rever sua estrategia de vendas e produçao dos livros…..

        mas entendo a escolha da editora…..

        parabens pelo livro!!!!!!!!

  7. Eu juro que tentei comprar, tiver até muita paciência mas o trabalho de entrega e tratamento ao cliente da Conclave é SOFRÍVEL.

    Me juraram a entrega umas duas ou três vezes, depois alegaram problemas com a gráfica durante três semanas seguidas e apenas uma resposta por semana mais que isso só através do Pagseguro. Passou um mês e nada do livro.

    Problema com a devolução do dinheiro, enfim, um tormento que nao recomendo a ninguém.

    Fico triste porque sempre tento apoiar o RPG nacional de alguma maneira (geralmente comprando material pq nao tenho muito talento para criação), e esse parece ser um ÓTIMO material.

    Desculpe usar o post para falar de algo que não seja necessariamente o livro, mas acho que deveria alertar sobre a experiencia que eu tive ao tentar adquirir um.

    • Olá Kamitari,

      Em primeiro lugar, em nome da Conclave, gostaria de me desculpar pelo ocorrido. O seu caso foi específico e isolado e fugiu à nossa alçada. Ocorre que as últimas Midgard Box vieram da gráfica com defeito e tivemos que devolvê-las para remanufatura. Como a caixa esgotou, não tínhamos outro produto para repor e tivemos que contar com a remanufatura das caixas devolvidas para a gráfica. Ocorre que a máquina que produz as caixas na gráfica quebrou e levaram duas semanas para reparar e ajustar o maquinário. Associado a isso, a gráfica tinha uma fila na demanda e fez com que as caixas demorassem acima do esperado para ficarem prontas.

      As caixas finalmente ficaram prontas essa semana e já foram todas despachadas. As últimas, pois o produto está esgotado. Você já deve ter recebido o número do envio para rastreio da mercadoria nos correios. Caso isso não tenha acontecido, por favor, entre em contato com conclave@powermail.com.br ou com meu e-mail pessoal: cristiano.cuty@gmail.com.

      Mais uma vez nos desculpamos pelo ocorrido e ressaltamos que este foi um problema isolado. A Conclave está há mais de 9 anos no mercado e sempre teve uma boa relação com seus clientes. Esperamos que o problema esteja resolvido, caso contrário, entre em contato que procederemos da melhor maneira possível.

      Abraços e Kroguen!

      • Como é a primeira vez que acontece desde o lançamento do site novo, fica aqui de registro:
        Qualquer comentário com 2 ou mais links (e email conta como link) é pego, para a segurança do visitante, no sistema anti-spam do site e precisa ser aprovado por mim (Adriana) ou pelo Telles.

        Se o comentário tem ‘pressa’, tentem evitar mais de um link, ou dividam o comentário com um link apenas em cada. Se não for possível, peço um tiquinho de paciência pois o comentário cai na moderação, e tão logo acessarmos e checarmos os links (A maioria das vezes são links legítimos, mas melhor be safe them sorry…) o comentário é aprovado.

  8. Minha maior queixa era com relação a transparencia do processo, ela praticamente inexistiu. Eu aguardaria até um ano se fosse necessário e transparente, sei que problemas ocorrem, o que me irritou e me fez desistir da compra foi o tratamento dado. Enfim, só achei pertinente expor minha experiencia com a loja, reforçando que não tenho nenhuma ressalva ao material, se o livro for vendido em outros pontos COM CERTEZA irei adquiri-lo, quem sabe passando essa impressão não tente comprar algo lá novamente.

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