Lendas & Conhecimento: Regras do Mestre e Novidades Excitantes – Monte Cook de volta à Wizards

Semana passada, eu escrevi sobre o papel das regras: para ajudar a aplicar os tipos de comportamentos de jogadores que fazem o D&D mais agradável para todo o grupo. Existem algumas regras específicas para encorajar o bom jogo, mas a maioria das regras ajuda a assegurar que os jogadores possam representar seus personagens, usar suas magias, itens mágicos e enfrentar o jogo sem se preocupar em acidentalmente faze-lo uma experiência miserável.

Esta semana, eu gostaria de fazer a mesma aproximação com o Mestre. Algumas semanas atrás, eu escrevi sobre a importância de usar bons conselhos para guiar os Mestres. Regras não podem substituir bons conselhos, e é importante ter isso em mente quando trabalhando no jogo. Entretanto, isto não significa que regras não possam ajudar o Mestre. Se nós pensarmos nas qualidades de um bom Mestre, nós podemos olhar para as regras que encorajam o Mestre a “agir certo” pelos jogadores e pela campanha.

Para começar, o que faz um bom Mestre? Aqui estão traços do que eu acho que fazem diferença entre um Mestre mediano e um bom:

  • Um bom Mestre traz a ação à vida com a narração, atuação e diálogo;
  • Um bom Mestre não usa socos quando é a hora de desafiar os jogadores;
  • Um bom Mestre constrói problemas e deixa os jogadores criarem soluções para eles. (Em outras palavras, o Mestre evita desafios rígidos de uma única solução.);
  • Um bom Mestre equilibra riscos e recompensas;
  • Um bom Mestre reage aos jogadores e permite suas decisões afetarem o mundo, alterar o curso de ação de um PdM ou de outra maneira importar no jogo;
  • Alguns destes traços caem quase que inteiramente no reino do bom conselho do Mestre. Regras não podem ajuda-lo a temperar o orc clérigo de Yurthus por descrever seus dentes podres, pele leprosa e suas chagas escorrendo. Regras não tornam PdMs interessantes, o Mestre faz PdMs interessantes.

Contudo, ainda há algumas áreas onde as regras podem ajudar um bom Mestre. A maioria delas vem para balancear. Com um sistema bem balanceado, o Mestre pode construir uma aventura ou mundo com uma boa idéia de como as coisas funcionam. Eu já coloquei isso em pauta antes e repetirei aqui. Se o Mestre deseja que o dragão vermelho guardando a Passagem da Presa Longa seja uma ameaça, ele precisa saber como o dragão enfrenta o grupo de aventureiros. Nada mais deprimente do que construir o dragão como um inimigo resistente, apenas para assistir um grupo de aventureiros de 2º nível derrubá-lo no chão sem nenhum esforço especial.

De certo modo, equilíbrio fala de verossimilhança. Faz sentido que o dragão vermelho possa se banquetear em aventureiros novatos, então as regras deveriam dar suporte. Um sistema bem balanceado garante que o dragão seja tão resistente quanto prometido.

Na mesma moeda, um bom sistema para gerar tesouros ajuda a balancear os risco e recompensa no jogo. Um monstro é bem balanceado se o Mestre tem uma boa idéia de seu poder relativo. Um item mágico num tesouro é bem balanceado se o Mestre entende seu valor relativo ao desafio que precisa ser superado para obte-lo. Num jogo típico, é deplorável se um único, desarmado kobold carregue consigo uma sagrada vingadora +5 e 10.000 PO. Em contra partida, um dragão negro ancião com um tesouro de cinco colheres enferrujadas e uma sanfona quebrada está completamente fora de lugar (necessitando de uma boa história pra isso).

Para minha mente, regras estão no seu melhor quando podem criar o delineamento básico para uma aventura ou mapa de masmorra, escolher alguns poucos monstros chaves, coloca-los em seus cômodos e encher o resto com aleatoriedade. Algumas coisas aleatórias podem ser especialmente perigosas ou fracas. O mesmo pode ser aplicado a tesouros gerados aleatoriamente. A chave é que uma vez que eu entenda o sistema, eu posso observar discrepâncias e criar explicações e histórias sobre elas, ou aplanar estas frestas de modo que eu achar adequado.

Tem uma outra área onde regras podem ajudar o Mestre. Um bom Mestre precisa de uma ação de resolução mecânica que seja fácil de usar e rápida para aplicar na nova situação. É muito mais difícil participar de jogos que encorajam imersão, improvisação e criatividade se o Mestre tem que para por cinco minutos para pensar em como fazer alguma coisa. As melhores mecânicas são simples, intuitivas e fáceis de lembrar, permitindo Mestres e jogadores aprende-las de coração e manter o jogo se movendo.


E Agora Algumas Novidades Excitantes

É engraçado olhar para trás e realizar que eu escrevi esta coluna uma vez por semana por mais de oito meses. Aliás, como todas as coisas, é hora do meu envolvimento com esta coluna terminar. Entretanto, não quer dizer que Lendas e Conhecimento está acabando. Nós estivemos bem contentes com as respostas à série, o interesse que ela criou e os comentários que nós recebemos.

Começando semana que vem, eu estou entregando esta coluna para o aclamado autor de jogos Monte Cook. Monte deve estar familiarizado com os fãs de D&D pelos seus trabalhos no cenário de campanha Planescape, Return to the Temple of Elemental Evil, Arcana Unearthed, e o mamute livro fonte Ptolus city, e, é claro, Dungeons & Dragons 3ª Edição.

Eu gastei vários dos últimos meses falando sobre o pasado do D&D e como se relaciona com seu futuro. Agora é a hora de focar muito mais no futuro do jogo. Monte tem uma incomparável classe de desenvolvimento no campo do RPG, e por esta razão nós o trouxemos a bordo para trabalhar com P&D* em fazer o D&D o maior RPG que o mundo já viu. No curso das próximas semanas, Monte vai usar esta coluna para compartilhar seus pensamentos sobre o jogo. Enquanto nós olhamos o quadro do curso futuro do D&D, esta coluna continuará a ser um lugar onde nós podemos compartilhar nossas ideias e ouvir as suas, e esperamos que vocês continuem lendo, discutindo os conteúdos, e compartilhando suas avaliações e pensamentos conosco e a maior comunidade de D&D. É isso que faz Lendas & Conhecimentos uma conversação que todos nós participamos.

Tradução: Aguinaldo “Cursed Lich” Silvestre
Fonte: Wizards of the Coast

 

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“O artigo acima é uma tradução com o intuito de divulgação do D&D® 4ª Edição do material disponibilizado gratuitamente no site da Wizards of the Coast , e que é propriedade da Wizard of the Coast LLC e de sua representante oficial no Brasil, a Devir Livraria . Ele foi postado aqui sob a Wizards’ Fan Site Policy . Qualquer discrepância entre os termos aqui usados e os dos livros de D&D® 4ª Edição já lançados ou futuramente lançados em português, prevalecem sempre os termos oficiais estabelecidos pela Devir Livraria .”

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2 Comments
  1. Monte é o cara.

    Na minha opinião

    o sucesso de Dungeons & Dragons 5ªed seria

    Ed Greenwood e Jeff Grubb trazendo o aspecto “novelístico” + Monte Cook e o cast atual da 4ª ed chamado de Wizard Team

  2. “Montanha Culinária” na Wizard novamente , pra mim, só confirma uma 5ª edição “pra já”…Vampiro a máscara de volta, Monte Cook no D&D entramos num vortex temporal hahaha

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