O Que Caracteriza Uma Campanha de Crônicas da 7ª Lua?

Saudações, aventureiros! Nas duas primeiras colunas abordamos os inúmeros tipos de campanha que o cenário pode comportar e o tom épico do cenário, expresso pelos Luminares e a busca pela Ascensão Divina. Mas fica a pergunta: quais são as características de uma campanha em Isaldar que irão diferenciá-la de campanhas em outros cenários?

Além dos Luminares e da Ascensão Divina, outros aspectos são marcantes e característicos de C7L, e acabarão sendo recorrentes em várias aventuras. Podemos de uma tacada só citar o Metal Divino, a Tecnomagia, a Queda dos Deuses (seus desdobramentos, como o surgimento de cultos, heresias e inquisições), o deserto sobrenatural da Ferida, a Escuridão, as ruínas e o mistério acerca do Império Aldariano, apenas para citar os mais gerais.

Outra característica de C7L é o visual e o estilo dos personagens e do mundo de Isaldar, que foge ao padrão usual da fantasia medieval e do “estilo D&D”. Nós ainda teremos espadas e guerreiros em armaduras, mas também teremos visual arrojado, armas de fogo, parafernália tecnomágica e muitos elementos visuais familiares aos jogadores que também curtem os jogos de RPG e games eletrônicos.

Isaldar é um mundo de conflitos. Mais do que guerras, batalhas, escaramuças de fronteiras e combates, o conflito transpira em C7L em outras vertentes, nas dicotomias existentes o cenário. Esses conflitos são outra característica que vai estar presente em uma campanha de Crônicas da 7ª Lua. Uma das dicotomias mais marcantes é a Magia versus a Tecnomagia.

As ordens arcanas tradicionais em Isaldar consideram a Tecnomagia uma forma predatória do uso da magia. Ela é tida por eles como antinatural, banal e vulgar. Os tecnomagos, do outro lado, vêem a magia arcana tradicional como formalista, antiquada e elitista. Os debates sempre foram calorosos e nunca cessam, e a rivalidade entre as duas correntes é notória.

Se os próprios magos desprezam a Tecnomagia, o que dizer então de clérigos e druidas? Além do evidente impacto ambiental – druidas já eram avessos à tecnologia humana quando ela ainda engatinhava, e agora mais ainda com o advento da Tecnomagia –, a base dessa nova arte mágica e tecnológica é o Metal Divino, fruto da morte de todos os deuses. Exceto pela Igreja de Melkhar, as demais tendem a não ver a Tecnomagia com bons olhos; alguns chegando a considerá-la como uma heresia, uma profanação da última dádiva concedida pelos deuses aos mortais.

Outro conflito do cenário é entre as religiões e os Luminares. Embora algumas Igrejas, como a de Ashkar-Mithrael, protejam Luminares, eles acabam sendo fontes de heresias, cisões e cultos heréticos. Por isso as religiões acabam vendo os Luminares com muito receio, ainda mais pela ausência de seus deuses patronos. No Protetorado, a Ordem Negra de Ur-Akthar caça e mata Luminares em rituais sombrios e muito festejados.

Os elementos principais de C7L foram desenvolvidos de forma a atuarem de maneira eficiente em conjunto. No entanto, vocês não precisam que sua aventura seja “uma incursão na Ferida em busca de Metal Divino, durante uma Escuridão, onde os personagens tropeçam numa ruína aldariana, enquanto são caçados pela Ordem Negra de Ur-Akthar e por druidas do deserto, ao mesmo tempo em que se tornam os deuses-vivos de um culto herético”! Basta ter claro que eles estão todos lá, que fazem parte de Isaldar, e compõem um fabuloso pano de fundo para as suas aventuras. A utilização desses elementos deve servir aos principais propósitos do RPG: contar uma boa história e se divertir com ela!

Marcelo Telles
Equipe C7L
Coordenador da REDERPG
Comunidade do C7L no Orkut
www.orkut.com/Community.aspx?cmm=8784780
Setor do C7L no Fórum da REDERPG
https://www.rederpg.com.br/wp/forum/c7l/

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